Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

"Mês da Consciência Negra": Coletivo Negras Autoras se apresenta no TJMG

Grupo formado por artistas mineiras participou do "Intervalo Cultural"


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“A vida é dura para quem tem cor, mas a fé é um caminho para a felicidade.”

O verso acima foi recitado pelo Coletivo Negras Autoras durante show, nesta quarta-feira (19/11), na área externa do Edifício-Sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), como parte do projeto “Intervalo Cultural”.

O trecho faz parte da poesia “A Benção”, presente no livro Poesia Armada – Coletivo Negras Armadas, de autoria de Júlia Tizumba, uma das integrantes do Coletivo.

O músico Andino Santos também participou da apresentação no projeto.

A ação integra a programação do Mês da Consciência Negra no TJMG, que destaca o dia 20/11, Dia de Zumbi e da Consciência Negra.

A data, instituída pela Lei nº 12.519/2011 e tornada feriado nacional pela Lei nº 14.759/2023, homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência à escravização e de luta pela liberdade do povo negro.

O objetivo das ações da Corte mineira é promover a formação contínua de magistrados e servidores para a valorização da cultura afro-brasileira e o combate ao preconceito.

Coletivo Negras Autoras

Formado pelas artistas mineiras Elisa de Sena, Júlia Tizumba, Manu Ranilla e Vi Coelho, o Coletivo Negras Autoras reúne mulheres com trajetórias consolidadas nas artes e na defesa da negritude e do empoderamento da mulher negra.

O repertório apresentado nesta quarta incluiu músicas autorais como “A Cura”, “Sustenta”, “A Benção” e “Abre Caminho”, que reforçam a valorização da cultura afro-brasileira.

Criado em 2015, o grupo lançou seu primeiro álbum em 2020, intitulado “Negras Autoras”. As composições abordam vivências cotidianas e atemporais da mulher negra contemporânea, combinando música, poesia e performance cênica.

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O grupo Coletivo Negras Autoras reúne mulheres com trajetórias consolidadas nas artes e na defesa da negritude e do empoderamento da mulher negra (Crédito: Cecília Pederzoli / TJMG)

Durante a apresentação, as integrantes Manu Ranilla e Vi Coelho destacaram a importância do coletivo para o empoderamento feminino negro e a necessidade de que mulheres negras sejam autoras e protagonistas de suas próprias histórias. Elas também ressaltaram a relevância das políticas afirmativas e de comissões de heteroidentificação, defendendo a ocupação de pessoas negras em todos os espaços — inclusive no Judiciário.

Cultura Afro

A juíza auxiliar da Presidência do TJMG e responsável por prestar apoio às Superintendências nos temas de equidade de gênero, raça, diversidade e inclusão, Mariana de Lima Andrade, reforçou a importância do Dia da Consciência Negra e da realização de eventos voltados ao tema.

“É um momento em que reconhecemos a importância da cultura afro na nossa história. Eventos como o Intervalo Cultural permitem que as pessoas conheçam essa cultura por meio da música”, afirmou.

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A juíza auxiliar da Presidência do TJMG, Mariana de Lima Andrade, reforçou a importância do Dia da Consciência Negra  (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

Representatividade

O assistente administrativo do Cinprot, John Lennon Corrêa de Oliveira, destacou se sentir representado durante a apresentação.

“Eu me sinto representado por elas e por essas músicas da nossa ancestralidade. Fico muito feliz por isso”, disse. Sobre o Intervalo Cultural, comentou que participa sempre que possível por ser um momento de descontração no ambiente de trabalho.

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John Lennon Corrêa de Oliveira destacou se sentir representado durante a apresentação (Crédito: Cecília Pederzoli / TJMG)

A servidora Ana Elisa Bittencourt Fonseca, do Nugepnac, ressaltou que a apresentação fortalece a representatividade e a importância do engajamento institucional. “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. É importante o Tribunal abraçar essa causa e trazê-la para o nosso Intervalo Cultural”, afirmou. Para ela, o projeto também proporciona um momento de paz em meio às demandas do Judiciário.

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A servidora Ana Elisa Fonseca ressaltou que a apresentação fortalece a representatividade e a importância do engajamento institucional (Crédito: Cecília Pederzoli /TJMG)

Mês da Consciência Negra

Ao longo de novembro, o TJMG vem promovendo diversas ações para enfatizar a relevância do Dia da Consciência Negra. Estão sendo realizadas durante o Mês da Consciência Negra no TJMG atividades como: curso “Heteroidentificação racial, cotas e função judicante: fundamento histórico-jurídico e técnico”; palestra “Cadê a Juíza, Cadê o Juiz? – Desafios da Equidade Racial no Judiciário e Suas Interseccionalidades” e lançamento do livro “O primeiro passo é o reconhecimento – Lições do Povo Indígena Xakriabá para o Poder Judiciário”, do juiz Matheus Moura Matias Miranda, entre outras ações.

Veja outras imagens do "Intervalo Cultural" no Flickr oficial do TJMG 

Ouça a entrevista do Coletivo Negras Autoras na Rádio TJ Minas. 

   

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