O Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, considerou a mãe e o pai de duas bebês gêmeas culpados de homicídio qualificado (por motivo fútil, com meio cruel, utilizando recurso que dificultou a defesa das vítimas e contra menor de 14 anos) e de ocultação de cadáver.

O juiz Rodrigo Martins Faria, que presidiu a sessão de julgamento, fixou a pena da mãe em 62 anos e oito meses de reclusão, e o do pai, em 76 anos e oito meses de reclusão, ambas a se iniciarem no regime fechado. Os progenitores, que estão presos, não poderão recorrer em liberdade.

De acordo com a denúncia, a primeira menina foi sufocada com uma meia pela mãe, que pretendia fazê-la interromper o choro incessante da criança, em 29 de julho de 2023. O pai, que não agiu para evitar o crime, ocultou o cadáver em uma área de mata na linha férrea entre Betim e Contagem.

Já a segunda filha, ainda de acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi agredida em 5 de agosto de 2023. A criança também chorava ininterruptamente quando foi violentamente sacudida pela mãe. Apesar de ter sofrido um desmaio, a bebê não foi socorrida, e veio a falecer em 13 de agosto de 2023. O casal se dirigiu à BR-381, na altura de Igarapé, onde ocultou o corpo em um barranco.

Os réus foram pronunciados em dezembro de 2024 e não recorreram da decisão.

O caso tramita sob segredo de Justiça.

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