Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Juíza de Minas será relatora da Justiça Estadual em GT do CNJ

Grupo de Trabalho irá criar protocolo para julgamentos com perspectiva de gênero


- Atualizado em Número de Visualizações:
Not---Juiza-Barbara-Livio.jpg
A juíza Bárbara Livio é presidente do Fórum Nacional de Juízes e Juízas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid)

A juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Bárbara Livio foi eleita na última segunda-feira (29/3) para a relatoria da Justiça Estadual no Grupo de Trabalho de julgamento com perspectiva de gênero, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A magistrada é presidente do Fórum Nacional de Juízes e Juízas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid), membro da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência (Comsiv) e titular da 2ª Vara Cível da Comarca de Teófilo Otoni. 

O Grupo de Trabalho foi instituído pela Portaria 27 do CNJ, de 2 de fevereiro de 2021, com o objetivo de colaborar com a implementação das Políticas Nacionais estabelecidas pelas Resoluções CNJ 254/2020 e 255/2020, relativas, respectivamente, ao Enfrentamento à Violência contra as Mulheres pelo Poder Judiciário e ao Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário.

“O GT pretende construir um protocolo de julgamentos com perspectiva de gênero e raça, no âmbito do Poder Judiciário, para que magistradas e magistrados estejam atentos às nuances relacionadas a esse aspecto. Os trabalhos serão estruturados em quatro partes: geral, Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Justiça Estadual”, explica a juíza Bárbara Livio, que, com a eleição no último dia 29, estará encarregada da relatoria relacionada à Justiça Estadual. 

De acordo com a magistrada, outros países já possuem esse protocolo, como o México, e a criação de um documento nesses moldes, no Brasil, será um importante passo em direção à construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse sentido, a juíza avalia que sua eleição para atuar como relatora dos pontos afetos à Justiça Estadual, no GT, reitera o protagonismo que o Judiciário mineiro tem assumido, por meio de diferentes ações, no combate à violência contra a mulher e na busca por igualdade de gênero.

A criação do protocolo, explica a juíza Bárbara Lívio, reconhece o disposto na Recomendação Geral 35, do Comitê para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Cedaw). O documento aponta a violência de gênero contra as mulheres em todos os espaços e esferas da interação humana, sejam públicas ou privadas — o que inclui família, comunidade, espaços públicos, local de trabalho, lazer, política, esporte, serviços de saúde, organizações educacionais e, também, os ambientes digitais.

O protocolo alinha-se ainda aos preceitos da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, mais conhecida como Convenção de Belém do Pará, tratado internacional legalmente vinculante que criminaliza todas as formas de violência contra a mulher e reconhece a violência de gênero como uma construção histórica e cultural.  

Integrantes do GT

O GT, coordenado pela conselheira do CNJ Ivana Farina Navarrete Pena, que também o integra, é composto não apenas por magistrados, mas também por estudiosos e pesquisadoras do tema, de diferentes países, de maneira a ampliar os horizontes de discussão e trazer uma abordagem transdisciplinar e mais rica à iniciativa.

Também compõem o GT: Tânia Regina Silva Reckziegel, conselheira do CNJ; Maria Thereza Rocha de Assis Moura, corregedora nacional de justiça; Valter Shuenquener de Araújo, secretário-geral do CNJ; Adriana Alves dos Santos Cruz, juíza federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (TRF2); Alcioni Escobar da Costa Alvim, juíza federal da Seção Judiciária do Pará (TRF1); Vanessa Karam de Chueiri Sanches, juíza do Trabalho da 2ª Vara do Trabalho de Cornélio Procópio (TRT9), representante da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); Cíntia Menezes Brunetta, juíza federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte (TRF5) e secretária-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

E ainda: Tani Maria Wurster, juíza federal da Seção Judiciária do Paraná (TRF4) e coordenadora da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe/Mulheres); Maria Domitila Prado Manssur, juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e diretora da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB/Mulheres); Edinaldo César Santos Júnior, juiz do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE); Jacqueline Machado, juíza do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul; Adriana Ramos de Melo, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; Antónia Maria Martin Barradas, advogada e pesquisadora/consultora sênior externa de Igualdade de Gênero da Delegação da União Europeia no Brasil; e Victoriana Leonora Corte Gonzaga, advogada e professora/tutora de Direitos Humanos da Enfam.

 

Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG
(31) 3306-3920

imprensa@tjmg.jus.br
instagram.com/TJMGoficial/
facebook.com/TJMGoficial/
twitter.com/tjmgoficial
flickr.com/tjmg_oficial