
Nos anos 60, três matemáticas negras quebraram as barreiras da segregação racial e do machismo institucionalizado nos EUA e construíram uma trajetória de sucesso na Nasa, demonstrando seu talento científico e tornando-se cruciais para a corrida espacial no contexto da Guerra Fria.
Essa história real é retratada no filme “Estrelas Além do Tempo” (2017), do diretor Theodore Melfi, longa-metragem que foi exibido, na noite desta quinta-feira (8/5), no Auditório da Corregedoria-Geral de Justiça, localizado na rua Goiás, no hipercentro de BH. A iniciativa marcou mais uma edição do Cineclube TJMG, projeto idealizado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A abertura da sessão foi realizada pelo superintendente de Projetos Artísticos e Culturais do TJMG, desembargador José Arthur Filho, que enviou um vídeo onde comentou sobre a relevância da história.
"As protagonistas lutam para alcançar o devido reconhecimento e dignidade, bem como demonstrar sua competência diante de um cenário de segregação racial no país. O filme conta e demonstra que elas conseguiram vencer os entraves da discriminação e contribuir diretamente na corrida espacial e, também, na luta contra o racismo", disse.
Janaína Barbosa, bacharel em direito, servidora federal e comentarista da sessão, ressaltou que as barreiras enfrentadas pelas cientistas retratadas no filme, ainda permanecem na sociedade:
"Além das protagonistas, várias outras mulheres negras foram condecoradas por seu trabalho na Nasa. Entretanto, mesmo após o sucesso delas, nos dias de hoje, nos EUA, a cada 25 homens que obtêm doutorado nas áreas de ciência e tecnologia, apenas uma mulher consegue este título", comentou.
"Mais de 60 anos depois da história contada no filme, ainda existe um imaginário de que o cientista é sempre um homem branco. Ou seja, continuamos na mesma situação. Muitas meninas têm o sonho de serem astronautas, mas quantas conseguem? Temos na história uma russa que foi a primeira mulher a orbitar a Terra, antes de muitos homens americanos, mas ninguém fala sobre ela", completou Janaína Barbosa.
Sobre o Cineclube TJMG
O Projeto Cineclube TJMG foi criado em 2003, pelo desembargador Sérgio Augusto Fortes Braga, com o objetivo de incentivar magistrados, servidores e colaboradores a refletir sobre obras cinematográficas. Em 2017, começaram a ser exibidos filmes com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, em sessões especiais, acompanhadas de debates com especialistas.
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