Uma técnica terapêutica breve que reconstrói a árvore genealógica para identificar e tentar remover bloqueios familiares. Essa é a proposta da constelação familiar, método que utiliza conceitos da sociologia, psicologia, psicanálise e terapia sistêmica e que tem sido utilizado oficialmente por 14 tribunais de Justiça pelo país para mediar conflitos familiares. Por isso, foi tão concorrida, nesta sexta-feira, dia 30 de novembro, em Belo Horizonte, a palestra “As constelações sistêmicas no Judiciário”, com a analista judiciária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Adhara Campos.
Idealizadora do projeto “Constelar e Conciliar” no Judiciário da capital federal, a especialista foi convidada pelo juiz coordenador do Centro de Solução de Conflitos (Cejusc-BH), Clayton Rosa de Rezende, a debater o tema. Segundo o magistrado mineiro, a prática da constelação é ainda incipiente no Estado. “Alguns Cejuscs em Minas Gerais estão utilizando a técnica na conciliação e, em Belo Horizonte, o projeto de composição sistêmica tem ganhado forma juntamente com o setor de mediação”, explicou.
A constelação é responsável por 76% de acordos nas varas de família do TJDFT e está em vias de ser discutida, por meio de projeto de lei, na Câmara Federal. A medida está em conformidade com a Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça. Um terapeuta especializado comanda a sessão de constelação, que tenta esclarecer para as partes o que há por trás do conflito que gerou o processo judicial. Depois de participarem da constelação, as partes ficam mais dispostas a chegar a um acordo.
Em sua palestra, a especialista desenvolveu dinâmicas com o público aplicando as técnicas em casos semelhantes aos que ela já havia atuado. “São técnicas simples que te dão o poder e a clareza para resolver conflitos mais rapidamente, conquistando segurança na atuação jurídica e resolvendo dilemas de forma mais eficaz”, disse.
Segundo ela, o trabalho é feito por meio de representações e perspectivas de mais gerações para captar o que não é dito pelo cidadão que busca a justiça. “Muitas pessoas pensam que constelação é algo ligado ao misticismo ou à astrologia, mas é um conjunto de técnicas que pode ser utilizado para mediar, tirando o foco de dentro do conflito e olhando o problema de fora”, ensinou a analista.
Mestranda em Direitos Humanos na Universidade de Brasília, Adhara Campos afirmou que a constelação já provou no Judiciário a redução de custos e do tempo de espera pelo julgamento além de, principalmente, provar ser alternativa de se chegar a acordos em casos complexos.
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