A desembargadora Mariângela Meyer Pires Faleiro foi homenageada nesta terça-feira (22/4), em sessão especial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A magistrada, que se aposenta após 47 anos de dedicação ao Judiciário estadual mineiro, atuava recentemente na 10ª Câmara Cível.

“Eu diria que meu coração está palpitante, mas com bastante serenidade e tranquilidade para saber que fecho esse ciclo com bastante consciência de que outro vai se abrir, pois ficar sem ter uma atividade não é do meu feitio”, disse.

O presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, falou que a desembargadora é uma referência.

"Hoje é um momento triste porque estamos nos despedindo da sua atuação no Poder Judiciário, mas eu tenho certeza que ela continuará a nos ajudar e continuará como uma estrela nos orientando na nossa caminhada”, falou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também prestou homenagens à desembargadora. Veja vídeo abaixo:

Emocionada

Em sua despedida do colegiado, em que atuou por 14 anos, a desembargadora disse que continuará realizando trabalhos na justiça restaurativa, a convite do 3º vice-presidente, desembargador Rogério Medeiros.

“A justiça restaurativa é uma coisa que eu me apaixonei e é um segmento de uma justiça paralela que o mundo está precisando muito dessa pacificação”, afirmou.

Trajetória

O ex-presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias, no biênio 2018-2020, relembrou a trajetória de Mariângela Meyer durante seu mandato - ela foi 3ª vice-presidente - e exaltou sua atuação junto à população atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho, além de destacar sua atenção prestada aos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) de todo o estado.

"Ela construiu um verdadeiro legado dentro do Poder Judiciário de Minas Gerais", resumiu.

• Veja aqui a trajetória da desembargadora

A vice-corregedora-geral, desembargadora Kárin Emmerich, também homenageou a desembargadora.

“Mariângela tem toda a nossa admiração. Quando uma mulher como ela faz uma trajetória tão linda, abre caminho para que a gente possa seguir o mesmo exemplo. Então ela tem toda minha admiração e meu carinho e desejo muito sucesso, muitas alegrias nessa nova missão, nessa nova conquista que é a aposentadoria”, falou.

Caso marcante

Exemplo

O desembargador Octávio de Almeida Neves destacou a sensibilidade da colega.

"Um exemplo de julgadora e de ser humano. Justa, serena, mas sem perder a firmeza. Julgando sempre com o coração, sem afastar-se da lei. As palavras que tenho são: gratidão, respeito e admiração", narrou.

A desembargadora Jaqueline Calábria Albuquerque falou sobre a missão "bem cumprida" pela magistrada.

"Sua trajetória é um marco de compromisso com a Justiça, celeridade e retidão, valores que nortearam cada um de seus processos julgados, sempre com firmeza e sensibilidade. A desembargadora Mariângela foi um exemplo - e sempre será -, de dedicação à missão do Judiciário de promover, com imparcialidade, empatia e eficiência a resolução de conflitos", disse.

O superintendente de Obras e Gestão Predial do TJMG, desembargador Ronaldo Claret de Moraes, colega da 10ª Câmara Cível, comentou sobre a falta que sentirá da desembargadora no cotidiano.

"Em seus julgamentos, sempre utilizou de sua sensibilidade humana, preocupada com o destinatário de suas decisões. Além disso, sempre foi uma companheira para todas as horas. Sentirei falta do cafezinho em seu gabinete, acompanhado de uma conversa amigável e descontraída, ou para troca de opiniões ou discussões sobre novas questões da Justiça", contou.

Comarca de Formiga

Descoberta na carreira

Mesa de honra

Compuseram a mesa de honra o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior; o presidente da 10ª Câmara Cível, desembargador Ricardo Cavalcante Motta; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Durval Ângelo; a presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais, Núbia de Paula; o ouvidor do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais, desembargador Fernando José Armando Ribeiro, o desembargador substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, Carlos Henrique Braga, e o deputado federal e ex-prefeito de Pouso Alegre (MG) Rafael Tadeu Simões.

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