Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Comarcas aderem à Central de Processos Eletrônicos de Turmas Recursais

Uberaba e Araguari passam a ser atendidas pela unidade situada em BH


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As Turmas Recursais das Comarcas de Uberaba e Araguari passam a ser atendidas pela Central de Processos Eletrônicos (Crédito: Rodrigo Martins / TJMG)

As Comarcas de Uberaba e Araguari, a partir desta terça-feira (24/6), passaram a integrar a Central de Processos Eletrônicos de Turmas Recursais (CPE-TR), juntando-se às quatro Turmas Recursais do Grupo Jurisdicional de Uberlândia, já atendidas pela unidade. A CPE cria uma estrutura funcional, tecnológica e física para o processamento de demandas judiciais de forma centralizada e otimizada, na capital mineira. Na prática, uma secretaria única passa a movimentar os feitos de várias comarcas.

A cerimônia que oficializou a adesão foi realizada no Fórum da Comarca de Uberaba, e reuniu o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior; o corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Estevão Lucchesi de Carvalho; magistrados, servidores e a comunidade jurídica da região. Além do presidente e do corregedor, assinaram o ato normativo os juízes Fabiano Garcia Veronez e Pedro Marcos Begatti, diretores dos Foros, respectivamente, das Comarcas de Uberaba e Araguari.

Inovação

De acordo com o presidente, a medida se fundamenta na eficiência, pois utiliza recursos de forma compartilhada, beneficiando-se da especialização das equipes e de vantagens trazidas pelos feitos eletrônicos, como a celeridade, a automação de tarefas e a sustentabilidade. A racionalização dos trabalhos também permite a liberação de servidores e colaboradores para outras atividades.

"A tecnologia é uma aliada indispensável das atividades judiciais na contemporaneidade, mas, como toda ferramenta, requer investimentos fundamentados, avaliação constante e uso responsável. Cabe à inteligência humana identificar, ao longo do tempo, as oportunidades de aperfeiçoamento. As Centrais de Processos Eletrônicos vêm se mostrando um modelo eficiente e promissor, oferecendo suporte qualificado aos magistrados e imprimindo mais agilidade ao cumprimento de despachos, à prolação de decisões e à realização de julgamentos", afirmou.

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O presidente Corrêa Junior frisou os resultados positivos obtidos com a Central (Crédito: Rodrigo Martins / TJMG)

O desembargador Corrêa Junior salientou que o modelo, inicialmente implantado para as Turmas Recursais das Comarcas de Montes Claros, Governador Valadares e Conselheiro Lafaiete, em abril de 2024, alcançou índices positivos. Posteriormente, foram incorporadas as Turmas Recursais do Grupo Jurisdicional das Comarcas de Teófilo Otoni e Uberlândia.

"Durante minha gestão na Corregedoria-Geral de Justiça, acompanhei de perto o início das atividades da Secretaria de Processos Eletrônicos de 1ª Instância. A adesão de Uberaba e Araguari consolida a presença do Triângulo Mineiro nesse movimento de inovação, reafirmando o compromisso do Tribunal de Justiça de Minas Gerais com a modernização e com a busca contínua por mais eficiência na prestação jurisdicional", disse o presidente.

Priorização do 1º Grau

Para o corregedor-geral de Justiça, desembargador Estevão Lucchesi, a criação da CPE-TR representou um avanço significativo na centralização e automação dos processos eletrônicos das Turmas Recursais, promovendo maior eficiência na gestão processual e reafirmando o compromisso do TJMG com a expansão dessa estrutura a diversas regiões do Estado.

"As implantações já realizadas têm se mostrado altamente exitosas. As Centrais de Processamento Eletrônico vêm promovendo a padronização dos procedimentos judiciais, reduzindo a necessidade de intervenção manual e otimizando o trabalho dos servidores. Sua conexão remota com a capital, aliada à centralização dos processos em uma única unidade, possibilita uma gestão mais racional dos recursos humanos e materiais, além de oferecer infraestrutura moderna e tecnologicamente avançada, essencial à automação dos procedimentos", destacou.

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Para o corregedor-geral de Justiça, a CPE-TR permite dinamizar a prestação jurisdicional (Crédito: Rodrigo Martins / TJMG)

O corregedor Estevão Lucchesi acrescentou que, com a integração das secretarias das Turmas Recursais de Uberaba e Araguari à CPE-TR, os serviços que antes eram desempenhados localmente passam a ser absorvidos pela Central. "Isso permite que as secretarias locais concentrem seus esforços exclusivamente nos processos de competência originária – o que representa um salto de qualidade na gestão judiciária da região", afirmou.

Mudança de paradigma

Segundo o juiz Fabiano Veronez, um dos maiores desafios para as empresas e organizações, atualmente, está relacionado à área de recursos humanos. "Nos últimos anos, perdemos servidores com remoções, aposentadorias e, infelizmente, falecimentos. Existe dificuldade na reposição imediata desse quadro. Por outro lado, a cobrança da sociedade e o número de processos aumentam a cada dia, e neste cenário a tecnologia é um auxílio importante”, ponderou.

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O juiz Fabiano Veronez considera a adesão à Central uma mudança de paradigma (Crédito: Rodrigo Martins / TJMG)

Segundo o diretor do Foro de Uberaba, ao concentrar a secretaria das Turmas Recursais, a CPE apoia as comarcas com movimentação expressiva na prestação jurisdicional, entre as quais estão Uberaba e Araguari, preparando o terreno para ampliação dessa experiência para outros setores.

"A Central aloca mais recursos materiais e humanos. Isso tende a trazer celeridade e eficiência, assegurando o funcionamento mais rápido da Turma Recursal. O pessoal que deixa de atuar nesses processos pode ser aproveitado de modo diverso na comarca. Assim, eventos como esse representam uma mudança de paradigma, porque abrem a oportunidade para prestação do serviço à distância, promovendo um uso mais racional dos recursos públicos", concluiu.

Avanço

Para o juiz Pedro Marcos Begatti, o salto de qualidade, a partir da adesão à CPE-TR, é notável, e terá impactos duradouros, já que possibilita reestruturações planejadas e uma melhor organização das rotinas na comarca.

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O juiz Pedro Begatti salientou o potencial de aprimoramento da gestão da CPE-TR (Crédito: Rodrigo Martins / TJMG)

"É um avanço, primeiramente, na questão da gestão, que vai das comarcas ao Tribunal como um todo. Vemos um empenho da Presidência, especialmente nesta administração, no aperfeiçoamento da gestão. Isso é muito importante para nós, no interior, e propicia, cada vez mais, a otimização dos recursos humanos na prestação jurisdicional. Evidentemente, a Central de Processos Eletrônicos vai trazer benefícios para a população de Araguari. Estamos muito agradecidos, pois, como lideranças e gestores, o que queremos, na verdade, é acelerar os processos, melhorando não só a agilidade, mas, sobretudo, a eficiência, porque é isso que o cidadão e o jurisdicionado merece", enfatizou.

Mesa de honra

Compuseram a mesa de honra na solenidade, ainda, o superintendente administrativo adjunto do TJMG, desembargador Vicente de Oliveira Silva; a desembargadora do TJMG Régia Ferreira de Lima; o juiz auxiliar da Presidência Thiago Colnago Cabral; e o secretário-geral da Presidência e responsável pela Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (Segove), Guilherme Augusto Mendes do Valle.

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