
Cazuza, um dos maiores ícones da música brasileira, foi tema do filme escolhido para exibição do Cineclube TJ, nesta quarta-feira (20/8), no Auditório da Corregedoria-Geral de Justiça, em sessão com audiodescrição. Na plateia, destaque para os cerca de 20 professores e estudantes do Instituto São Rafael, que atende pessoas portadoras de deficiência visual de Belo Horizonte e da Região Metropolitana.
Em cartaz, o filme "Cazuza – O Tempo não Para" (2004), dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, que conta a trajetória profissional e pessoal do artista, desde o início de sua carreira, em 1981, até sua morte, em 1990, aos 32 anos. O ator mineiro Daniel de Oliveira interpreta Cazuza.
Pela 1ª vez assistindo a um filme com audiodescrição, Ronilda Valéria de Oliveira falou sobre a oportunidade propiciada pelo TJMG. Ela se tornou deficiente visual há três anos e passou a frequentar o Instituto São Rafael para aprender a linguagem Braille e computação.
"Eu gosto de atividades culturais, mas não tenho frequentado muito nos últimos tempos. Ter essa chance foi muito legal e eu tinha curiosidade de saber mais da vida do Cazuza e das dificuldades que ele passou."

Quem também aproveitou a sessão especial foi Murilo Rodrigues, que é natural de Fortaleza e mora em Belo Horizonte. Ele também estuda no Instituto São Rafael e disse que essa foi a segunda vez que participou do Cineclube TJ. Ao se classificar como "grande fã de Cazuza", Murilo afirmou que achou a experiência muito positiva.
"A gente estuda e faz projetos a semana inteira, então, é muito bom ter oportunidades de lazer como essa. O Cazuza foi um grande compositor, cantor, produtor e um brasileiro de mão cheia. Eu não podia perder a chance de assistir ao filme sobre a vida dele."
Para a supervisora dos projetos do Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual, Alessandra Lourenço Ferreira Pitella, é uma alegria poder acompanhar os estudantes do instituto nas sessões especiais proporcionadas pelo Tribunal de Justiça.
"Os alunos adoram essas sessões do TJ. Alguns vêm de longe para poder participar, porque em salas tradicionais de cinema, não há audiodescrições disponíveis. Eles ficam sempre muito animados quando têm essas oportunidades."

Ainda na sessão, o coordenador do Centro de Apoio Pedagógico das Pessoas com Deficiência Visual (CAP) do Instituto São Rafael, Ananias Moreira, pediu a palavra e fez um convite a magistrados, servidores e colaboradores do TJMG:
"Eu queria convidar o pessoal do TJ para comemorar conosco o aniversário de 99 anos do Instituto São Rafael. Nós sempre somos convidados por vocês para vir aqui e queríamos, agora, poder receber todos vocês em nossa sede."
O evento será realizado na sede da instituição, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte, no dia 2/9, a partir das 10h.
Cineclube TJ
O projeto Cineclube TJ foi criado pelo desembargador Sérgio Braga, em 2003, e tem como objetivo exibir obras marcantes da história do cinema, buscando o desenvolvimento cultural e humano dos participantes. A partir de 2017, começou a exibir sessões com audiodescrição para pessoas portadoras de deficiência visual.
A audiodescrição é um recurso que torna filmes e peças teatrais acessíveis, por meio da tradução das imagens em palavras. Para as sessões com essa funcionalidade, são cedidos filmes do setor de Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais.
O projeto também recebe sessões do "Expresso da Infância", que visa garantir o acesso de crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente a espaços culturais, esportivos e recreativos, promovendo a inclusão social, o fortalecimento de vínculos comunitários e a ampliação de repertórios artísticos e educacionais.
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