
O 19º Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação do Sistema de Justiça (Conbrascom), promovido pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), será realizado de 25 a 27 de junho de 2025, em São Luís (MA). A definição ocorreu na sexta-feira (21/6), em Fortaleza (CE), durante o encerramento do 18º Conbrascom.
Considerado o maior evento de Comunicação do Sistema de Justiça, o Congresso, iniciado na quarta-feira (19/6) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), teve como tema “Acesso aos direitos: da linguagem simples à inteligência artificial”, e contou com oficinas, palestras, reuniões setoriais e plenária. Participaram cerca de 260 jornalistas e assessores de Comunicação do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos Tribunais de Contas, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de outras instituições afins. O objetivo foi promover a troca de experiências e ampliar o debate sobre temas de relevância para a promoção da comunicação institucional.
Segundo a jornalista e presidente do FNCJ, Débora Diniz, diretora de Comunicação da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), o Conbrascom é o momento de discutir novas ferramentas e tecnologias. "Mas também de conhecermos práticas que vêm sendo implementadas com sucesso pelo Brasil. Saímos enriquecidos e ainda mais motivados na missão de aproximar o cidadão do Sistema de Justiça”, afirmou.

No último dia do Congresso, a psicanalista, escritora e filósofa Viviane Mosé palestrou sobre desafios contemporâneos, ética, diversidade, acessibilidade e sustentabilidade. Ela analisou o cenário atual, expondo as grandes exaustões associadas às crises ambiental, socioeconômica e humana. A palestra foi mediada pelo diretor de Comunicação do FNCJ, Luciano Augusto.
Viviane Mosé observou que os modelos que até então serviam à sociedade, em uma era verticalizada, já não servem mais, na sociedade em rede. Contudo, destacou, ainda não temos um novo modelo construído: a humanidade está, segundo a filósofa, em um momento de transição, com a modernidade e a tecnologia tendo acenado para as pessoas promessas de uma vida melhor que, até o momento, não se confirmaram.
A palestrante abordou então os impactos que isso gera nas pessoas, entre eles as consequências para a saúde mental, e indicou que a grande saída para os impasses contemporâneos reside no ser humano, capaz de promover as transformações necessárias para a superação dos dilemas da atualidade.

Plenária e premiação
No encerramento do evento, foi realizada uma plenária, com eleição da nova Direção do FNCJ, e reuniões setoriais, reunindo grupos de instituições dos mesmos ramos da Justiça. Da reunião setorial dos Tribunais de Justiça estaduais, realizada na sede da Corregedoria-Geral de Justiça do Ceará, participaram cerca de 60 representantes de Cortes de todo o País. As discussões foram presididas pelo chefe da Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Ilo Santiago Jr.
Também houve a entrega do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça para treze categorias.

Programação
O 18º Conbrascom foi aberto na quarta-feira (19/6) com palestra magna do escritor e jornalista Pedro Dória sobre os impactos e os desafios impostos pela Inteligência Artificial. Pedro Dória é fundador e editor do veículo “Meio” e colunista do jornal “O Globo” e da rádio CBN.
Ainda no dia da abertura, foram realizadas quatro oficinas simultâneas na sede da Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará (OAB-CE): “Reportagem multimídia: fotos, captação e edição de vídeo de celular”, “Normatização dos setores de comunicação”, “Linguagem Simples na comunicação pública” e “Oficina de Acessibilidade e Comunicação”.
Confira matéria sobre o primeiro dia do evento aqui.

IA nas instituições
Na quinta-feira (20/6), as discussões se iniciaram com palestra do professor e conselheiro de TI Edney Souza sobre o desafio da Inteligência Artificial (IA) nas instituições. O palestrante é co-fundador de sete startups, vencedor do prêmio Digitalks e autor do livro “Transformação Digital: Mentalidade, Cultura, Negócios e Liderança na Era Digital”.
Em seguida, foi realizado o painel “Linguagem Simples”, tendo como expositores a advogada Olivia Rocha de Freitas, que é mestre e doutora em Estudos de Linguagem e líder do grupo de pesquisa “Democratização da Linguagem e Acesso à Justiça”, e o cientista da computação Welkey Costa do Carmo, servidor do Judiciário cearense e coordenador do LabLuz, o laboratório de inovação do TJCE.
“Ouvir histórias: o que a IA não alcança” foi o tema de outro painel, tendo como palestrantes o jornalista Cláudio Ribeiro, que traz em sua trajetória a conquista de mais de 40 prêmios de jornalismo, e a presidente do FNCJ, Débora Diniz. O mediador foi Bruno de Castro.

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