Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

TJMG dá início à 15ª Semana Justiça pela Paz em Casa

Evento no Bairro Santa Tereza, na capital, abriu a programação da campanha


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Bloco Tapa de Mina, que capacita mulheres por meio da percussão se apresentou na praça. À direita, a desembargadora Alice Birchal, superintendente da Comsiv

Blocos de carnaval, apresentação teatral, performance de artes plásticas e orientações sobre saúde, direitos e enfrentamento da violência contra as mulheres. Foi essa a programação diversa que marcou o evento Mulheres na Praça, na Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, na capital mineira, no último sábado (23/11).

O Mulheres na Praça foi uma realização conjunta do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), e da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania.

O evento abriu oficialmente, em Belo Horizonte, a 15ª Semana Justiça Pela Paz em Casa, que ocorre em todo o País até a próxima sexta-feira (29/11). A campanha visa a ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

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Viviane Coelho Moreira, diretora de Políticas para as Mulheres da PBH cantou junto com o Tapa de Mina

Julgamentos e conscientização

Ao longo da semana, os tribunais do País concentram esforços no julgamento de casos de feminicídio e no andamento de processos relacionados à violência contra a mulher. A ação é promovida desde 2015 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com os tribunais estaduais.

A superintendente da Comsiv, desembargadora Alice Birchal, proferiu algumas palavras ao público que compareceu no sábado à Praça Duque de Caxias. A magistrada lembra que, ao esforço concentrado dos tribunais estaduais, somam-se ações de conscientização sobre o tema.

Além do estímulo às denúncias e a iniciativas de prevenção que visam a quebrar o ciclo de violência, a desembargadora tem reiterado a importância da formação de uma rede de enfrentamento à violência doméstica, com a participação de órgãos públicos, entidades públicas e privadas e organizações não governamentais.

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Nas cores roxo e prata, bloco Sagrada Profana levou à praça a mensagem de igualdade entre os sexos

Mulheres na Praça

Como parte da programação no sábado, foram ofertados serviços de aferição de pressão e testes de glicemia, orientação jurídica e aulas de defesa pessoal. A alegria e leveza foram garantidas pela participação dos blocos de carnaval Tapa de Mina e Sagrada Profana.

O bloco Tapa de Mina, formado apenas por mulheres, é inspirado na cultura afro. O grupo busca unir e capacitar mulheres de forma coletiva, por meio do tambor e da arte da percussão.

Também composto exclusivamente por mulheres, o Sagrada Profana defende a igualdade entre os sexos e os direitos das mulheres. Prata e roxo são as cores do bloco, que reúne diferentes faixas etárias.

Durante o evento, o artista Adriano Rodrigues de Souza fez uma tela com a técnica do grafite, ao vivo. “Foi lindo poder participar de uma iniciativa séria e atual como esta, que trata da violência doméstica contra as mulheres”, declarou.

O artista, que assina “Gsc tinta para a vida”, pintou um rosto de mulher com um olhar que expressa a dor constante e silenciosa sofrida pelas mulheres vítimas desse tipo de violência.

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Durante o evento, o pintor Adriano Rodrigues pintou o rosto de uma mulher sofrida

Quando agir?

O público que prestigiou o evento pôde também assistir à apresentação teatral “Quando agir?”, do grupo Toda Cultura. A peça conta a história de Rita, uma mulher que, entre os trabalhos de casa e ocupações profissionais, sofre a violência psicológica provocada pelo marido.

No decorrer da história, as características mais marcantes da violência doméstica vão surgindo. O comportamento agressivo do companheiro é demonstrado no trânsito, no trabalho e em casa, onde ele controla o celular da esposa. Até mesmo o machismo entre as próprias mulheres está representado.

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O público que prestigiou o evento pôde também assistir à apresentação teatral “Quando agir?”, do grupo Toda Cultura 

Rangel Silva, autor da peça, escreveu a história a pedido da Comsiv e se baseou na dupla jornada que a maioria das mulheres enfrentam, conciliando o trabalho fora e dentro de casa. Segundo ele, o ponto principal foi mostrar que essa violência acontece em todas as camadas sociais, portanto, os personagens são de classe média alta.

Foram apoiadores do evento os componentes da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres: Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Defensoria Pública, além de outras instituições parceiras.

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A desembargadora e superintendente da Comsiv, Alice Birchal, distribuiu folheto com o "Violentômetro" às frequentadoras da Praça Duque de Caxias

Programação da semana

Confira matérias sobre a programação completa da Semana da Justiça pela Paz e sobre os seis júris de crimes contra mulheres que serão realizados na Comarca de Belo Horizonte nesta semana:

Programação da 15ª Semana Justiça pela Paz em Casa

Júris de crimes contra as mulheres na Comarca de Belo Horizonte

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