Foi aberto nesta segunda-feira (28/4), o 5º Encontro do Colégio de Ouvidorias Judiciais das Mulheres (Cojum), sediado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O evento, que se estende até esta quarta-feira (30/4), reúne integrantes de várias cortes de Justiça e tribunais de contas de todo o país, bem como magistrados, servidores e demais autoridades, a fim de debater os desafios e as perspectivas do trabalho das ouvidorias judiciais no enfrentamento à violência contra as mulheres. A iniciativa visa promover reflexão, integração e construção de soluções efetivas para a questão.

O evento foi uma realização conjunta do TJMG, por meio de sua Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) e da Ouvidoria da Mulher do TJMG, e do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região.

A presidente do Colégio das Ouvidorias Judiciais das Mulheres, Tânia Regina Reckiziegel, destacou que a realização do encontro representa a consolidação do compromisso das ouvidorias das mulheres, ouvidorias especializadas e das ouvidorias dos Tribunais, na busca pela construção de um espaço acolhedor e sensível às questões de gênero, sobretudo em uma época em que os números de casos de feminicídio no país são alarmantes.

Ela advertiu que as ouvidorias são instrumentos essenciais, em especial para a escuta qualificada e acolhimento das vítimas de assédio moral e sexual nas instituições, e na proposição dos meios de interromper o ciclo de violência.

Representando o presidente do TJMG, o desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, a desembargadora Evangelina Castilho Duarte parabenizou o TRT pelo protagonismo na organização do 5º Encontro do Colégio de Ouvidorias e ao TJMG que acolheu o encontro e forneceu toda a estrutura física e de pessoal em apoio ao evento.

“Ouvir exige desprendimento para se escutar o outro, uma escuta ativa, amiga e solidária que propicie mais defesa à mulher vítima de assédio”, disse. 

A desembargadora Juliana Campos Horta, representando o 2º vice-presidente do TJMG e Superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF), Desembargador Saulo Versiani Penna, destacou que o Encontro representa um marco relevante na promoção da equidade e de um Judiciário mais sensível e inclusivo, em especial em relação às mulheres.

A vice-corregedora, desembargadora Kárin Emmerich enalteceu a presença de ouvidores e ouvidoras representantes de diversos estados do país, destacando que iniciativas como esta abrem espaço para o fortalecimento da equidade no Judiciário.

Posse

Durante o evento, a presidente do Colégio de Ouvidorias Judiciais das Mulheres e ouvidora nacional da mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tânia Reckziegel, empossou as 12 integrantes da nova diretoria do Cojum para o biênio 2025/2027.

Anne Frank

Também compõe o 5º Encontro do Colégio de Ouvidorias Judiciais da Mulher, até o dia 30 de abril, a exposição Conhecendo Anne Frank – “Deixe-me ser eu mesma”. A mostra é composta por 34 painéis, em formato de banners e dividida em 2 partes. A primeira parte tem como pano de fundo a vida de Anne Frank, sua família, as pessoas com as quais se relacionavam e o lugar onde viveram. O desenrolar dos fatos passa pela infância feliz e despreocupada de Anne em Frankfurt, segue com a mudança da família para Amsterdã, a Segunda Guerra Mundial, a chegada dos nazistas, a ocupação da Holanda, e a perseguição aos judeus. Já a segunda parte, contemporânea, conta a história de seis jovens e como eles lidam, nos dias de hoje, com o preconceito, a discriminação e a exclusão.

Presenças

Além da desembargadora e ouvidora das mulheres do TJMG,  Evangelina Castilho Duarte; da desembargadora Juliana Campos Horta, e da vice-corregedora de Justiça, desembargadora Karin Emerich; também compuseram a mesa a Ministra do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha; a presidente do Colégio das Ouvidorias Judiciais das Mulheres e Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Tânia Regina Reckiziegel; a presidente do TRT-MG, desembargadora Denise Alves Horta; o presidente do Colégio Nacional de Ouvidores Judiciais (COJUD),o desembargador Altair Lemos; a juíza auxiliar e diretora do Foro da capital, em exercício, Andréa Cristina de Miranda Costa; a vice-ouvidora geral e ouvidora da mulher no TRT 3ª Região, desembargadora Maria Cristina Diniz Caixeta; o ouvidor do TJMG, desembargador José Américo Martins da Costa; a ouvidora adjunta, desembargadora Maria Luiza Santana Assunção; a desembargadora Luciana Pinheiro Costa, representando o Tribunal Regional Federal da 6ª Região; e a procuradora-geral de Justiça adjunta jurídica Reyvani Jabour Ribeiro, representando o procurador-geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, Paulo de Tarso Morais Filho.

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