“Na Covid-19, perdi tudo o que havia planejado. Eu trabalhava com escolas e alimentação para crianças. E as escolas foram as primeiras a fechar. Tive depressão e perdi tudo. Passei dificuldade com meus filhos.”
O depoimento é de Márcia Barbosa da Silva Fernandes, que se reergueu ao se mudar de Lins (SP) para Belo Horizonte e encontrar incentivo e uma nova oportunidade de renda no Instituto Mano Down, que apoia o empreendedorismo de pessoas com deficiência e seus familiares.
“Comecei trabalhando com almofadinhas de ervas e escalda-pés. E foi um sucesso, tive boas vendas. Ali começou minha esperança de mudar de vida”, contou Márcia Fernandes que, hoje, faz parcerias, recebe encomendas e participa de feiras.
Ela tem um filho com síndrome de Down e é uma das mães empreendedoras que participaram da feira realizada no Fórum Cível e Fazendário de Belo Horizonte, na avenida Raja Gabáglia, na quarta-feira (10/12). O evento, parceria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) com o Instituto Mano Down, contou com produtos artesanais como velas, chás e escalda-pés.
Também estavam expostos canecas, cestos, bolsas, bijuterias, velas, chás, sousplats, cadernos, álbuns, itens de papelaria e lanches saudáveis.
Inclusão
O juiz diretor do Foro da Comarca de Belo Horizonte e integrante do Núcleo de Voluntariado (NV) do TJMG, Sérgio Henrique Cordeiro Caldas Fernandes, visitou a feira e conversou com expositoras.
Ele ressaltou que a Corte mineira desenvolve ações institucionais de valorização da diversidade e promove a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho. Um exemplo, como afirmou o magistrado, foi o recebimento, por parte do Tribunal, do “Selo Empresa Amiga” do Instituto Mano Down.
“A importância do programa acolhido pelo TJMG vai além da capacitação e de oportunidade de trabalho para os jovens – que se destacam pela gentileza, presteza e eficiência no atendimento forense às secretarias –, é também apoio à autonomia econômica e desenvolvimento social por meio de iniciativas que abarquem suas famílias.”
Outra participante da feira e mãe empreendedora do Mano Down, Karine Desirée Guedes, disse que participa das feiras nas dependências do TJMG expondo sousplats e porta-guardanapos que produz.
Filha e neta de costureiras, Karine Guedes contou que sempre gostou de costurar roupinhas para bonecas e para si própria. Também no contexto da pandemia, passou a fazer porta-guardanapos.
Ela se encantou com um porta-guardanapo em uma loja e decidiu aprender a técnica. Logo, amigos e parentes começaram a elogiar e a fazer encomendas. Assim, a empreendedora iniciou a produção, que também inclui guardanapos de pano e sousplats.
Márcia Barbosa da Silva Fernandes revelou que se sentia insegura em expor os produtos, mas ganhou confiança com as feiras no Tribunal.
“Essas feiras são fonte de abertura para nos verem, e estou começando a ser vista. Eu tinha muito receio de expor em feiras, mas, depois que comecei no TJ, me sinto mais segura”, afirmou.
Dia 12/12
A próxima edição da feira será realizada nesta sexta-feira (12/12), na sede do TJMG (avenida Afonso Pena, nº 4001, bairro Serra).
O evento reúne produtos artesanais confeccionados por pais de integrantes do Instituto Mano Down, com o intuito de fortalecer o empreendedorismo, a autonomia e a inclusão social.
Diretoria de Comunicação Institucional – Dircom
TJMG – Unidade Fórum Lafayette
(31) 3330-2800
forumbh.imprensa@tjmg.jus.br
instagram.com/TJMGoficial/
facebook.com/TJMGoficial/
twitter.com/tjmgoficial
flickr.com/tjmg_oficial
tiktok.com/@tjmgoficial
*