Reflexões sobre o encarceramento feminino e o compartilhamento de boas práticas estão entre os objetivos da edição de 2025 do Encontro das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) Femininas, iniciado nesta terça-feira (21/10) em Frutal, no Triângulo Mineiro.
O evento, realizado pela Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (Fabc), segue até quinta-feira (23/10), e conta com a presença do coordenador executivo do eixo Apac no Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), juiz Consuelo Silveira Neto.
Durante os três dias, serão realizadas palestras com temas como “Um olhar para o feminino no Método Apac, a partir da espiritualidade”; “Limites das respostas punitivas no enfrentamento ao encarceramento feminino”; “Justiça Restaurativa como prática de reconhecimento, reparação e resistência aos ‘desfuturos’ prisionais”; e “Elementos da psicologia da mulher em situação de prisionização”.
Serão 11 painéis, espaços para espiritualidade e mesa-redonda, além de visita guiada às instalações das Apacs masculina e feminina de Frutal.
O encontro também visa reconhecer os desafios do encarceramento feminino, assim como provocar novas compreensões, inspirar práticas mais humanas e fortalecer o papel das Apacs como espaços de dignidade, espiritualidade e recomeço.
Na abertura do evento, o juiz Consuelo Silveira Neto ressaltou que o TJMG tem uma trajetória de parceria e compromisso com a metodologia da Apac, “reconhecendo nela um caminho sólido de humanização da execução penal, de resgate da dignidade humana e de verdadeira reintegração social”.
“Quando falamos do trabalho desenvolvido nas Apacs femininas, falamos também da força da mulher – da sua capacidade de resistência, de cuidado e de reconstrução. Cada unidade é um espaço em que a Justiça se alia ao amor, a disciplina caminha junto à solidariedade e a esperança renasce a cada nova oportunidade de recomeço.”
O magistrado aproveitou também para parabenizar a Fbac pelo encontro:
“Que seja um tempo de reflexão, aprendizado e fortalecimento da nossa missão comum: promover uma Justiça que não se limita ao julgamento, mas que alcança o coração humano.”
Além do coordenador executivo do eixo Apac, também esteve presente na abertura do evento o juiz titular da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Frutal, Robson Monteiro Rocha.
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