Mais de 400 magistrados e servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) participaram de palestras sobre o novo modelo de avaliação de desempenho de servidores, focado na gestão de competências. O evento, organizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), contou com a presença do 2º vice-presidente do TJ e superintendente da Ejef, desembargador Wagner Wilson, do superintendente administrativo adjunto, desembargador Carlos Henrique Perpétuo Braga, da 2ª vice-presidente eleita para o biênio 2018/2020, desembargadora Áurea Maria Brasil Santos Perez, e do juiz diretor do foro de Belo Horizonte, Marcelo Fioravante.

O desembargador Wagner Wilson ressaltou que sentia a necessidade de comemorar esse novo modelo de avaliação, pautado nas competências de cada cargo. “O Judiciário tem se conscientizado e trabalhado, cada vez mais, para ações mais céleres e eficazes”, concluiu.

“Desde o início da gestão do saudoso presidente Herbert Carneiro, foi priorizada a valorização do servidor público”, lembrou o desembargador Carlos Henrique Perpétuo Braga, que representou o presidente. Ele destacou que o Poder Judiciário é uma instituição em permanente evolução.

Com a implantação do modelo, todas as ações de gestão de pessoas serão executadas a partir das competências mapeadas para os cargos e especialidades do quadro de servidores do TJMG, fundamentais para o exercício de suas atividades e o cumprimento de suas atribuições. A partir de agora, os servidores serão avaliados pela combinação de dois grupos de competências: o primeiro, das competências transversais, que consistem em aspectos gerais, comuns a todos os cargos. O segundo, pelas competências específicas, que trazem elementos indispensáveis a cada cargo.

Para falar sobre o modelo, foram convidados o juiz de direito de Contagem Haroldo Dias Dutra e a professora da Universidade Nacional de Brasília (UnB) Gardênia da Silva Abbad. A docente frisou que o novo modelo de avaliação criado pelo TJMG foi estruturado com base em princípios modernos, com o apoio de mais de 200 profissionais.

Ela falou sobre a importância e os principais desafios da avaliação por competência. “A avaliação estabelece aptidões e habilidades para atingir um futuro desejado. Tem um foco no presente para atingir resultados no futuro”, disse. A professora ressaltou o papel do avaliador e ensinou estratégias para evitar a severidade ou a benevolência na hora de avaliar um profissional. Por fim, ela falou da importância do feedback para cada avaliado e dos efeitos das habilidades dos gestores na qualidade de vida, no bem-estar e na saúde ocupacional dos avaliados.

O juiz Haroldo Dias Dutra citou atitudes de grandes lideranças, como Mahatma Gandhi e Nelson Mandela, e sua experiência de 25 anos no Tribunal, como escrevente, escrivão, assessor e magistrado. Ele destacou a necessidade de o líder ser pacificador, mostrando capacidade de valorizar as qualidades das pessoas e promover um bom ambiente de trabalho. De acordo com o juiz, é fácil ser chefe, mas é difícil ser um verdadeiro líder, porque para isso é necessário dar exemplo, motivar o grupo, promover mudanças e evitar o sentimento de abandono e desvalorização nas equipes.

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