Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Migração de sistemas para nuvem otimiza trabalhos do Judiciário

Entre as vantagens estão aumento da eficiência e da disponibilidade de dados


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Armazenamento em nuvem pública aumenta segurança e acessibilidade de dados, representando economia e eficiência (Crédito: Pete Linforth)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) assinou, no dia 29/5, a contratação de infraestrutura de datacenter em nuvem para aumentar a capacidade de atendimento aos usuários dos mais de 240 sistemas informatizados da instituição. A medida representa ganho de eficiência, segurança, resiliência e disponibilidade dos dados e dos serviços de processamento. 

No ambiente de nuvem adotado, o armazenamento e o processamento de dados ocorrem em infraestruturas tecnológicas fornecidas por empresas contratadas, em equipamentos que também ficam sob sua responsabilidade e são acessados via internet. O contrato do TJMG possibilitará o uso permanente de máquinas e aplicações de última geração e a capacidade de ampliação, sempre que necessário, da capacidade de armazenamento e processamento de dados. 

O presidente, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, afirma que a migração para o ambiente em nuvem pública tem a finalidade de prevenir problemas decorrentes do aumento da demanda por recursos tecnológicos e da pressão sobre a infraestrutura cibernética do TJMG, antecipando, além disso, o robustecimento de condições de atendimento.

“A principal preocupação é que os dados estejam sempre disponíveis, o que hoje é um risco, caso os nossos servidores passem por instabilidades. Isso é um avanço em termos de independência e autonomia em relação a contingências externas. O acesso à Justiça é um dos compromissos do Poder Judiciário estadual mineiro, porque ele concretiza direitos fundamentais e faculta o exercício da cidadania. Nosso objetivo é estar permanentemente à disposição da população que bate às nossas portas”, disse.

O superintendente de Tecnologia da Informação do Tribunal, desembargador André Leite Praça, considera que um dos principais pontos de melhora será no funcionamento dos sistemas de processo judicial eletrônico, indispensáveis para a prestação jurisdicional.

“Paralelamente aos múltiplos aperfeiçoamentos que incidem sobre a ferramenta, está a nuvem, que sana vulnerabilidades e diminui bastante o impacto sobre o sistema e sobre toda a produção da equipe da Diretoria Executiva de Informática (Dirfor). Isso nos proporciona maior estabilidade nos serviços e atualização constante do parque tecnológico, além da economia de recursos financeiros e da liberação de profissionais envolvidos no suporte para outras tarefas”, afirmou.

Otimização

Segundo o juiz auxiliar da Presidência e coordenador da Dirfor, Rodrigo Martins Faria, a mudança para a nuvem significa a redução de custos com a manutenção de equipamentos e a atualização de software, e o abandono de processos de compra que, por vezes, se estendem por meses. A inovação também desonera a infraestrutura de solicitações, o que evita sobrecargas nos ambientes de treinamento, desenvolvimento, homologação e testes.

“Uma vez contratado o serviço, pagaremos pelo efetivo uso, aumentando ou diminuindo a utilização com créditos. Não teremos necessidade de enfrentar problemas operacionais com defasagem de maquinário ou descontinuidade de equipamentos, as paradas são mais transparentes e previsíveis. Além disso, teremos à disposição, sempre, o estado da arte em equipamentos de infraestrutura tecnológica, com enorme ganho em resiliência, que é a capacidade de o sistema absorver picos de processamento, além da escalabilidade, que é a possibilidade de aumento do parque computacional, de acordo com o crescimento da demanda”, ressaltou Rodrigo Martins Faria.

De acordo com o gerente de Infraestrutura Tecnológica (Getec) do TJMG, Denilson Rodrigues, no começo, o projeto previa a migração para a nuvem pública de forma gradativa, iniciando o processo pelos ambientes não produtivos de forma a permitir o conhecimento do novo ambiente.

“A ideia era depois, com um período de maturidade, fazer a movimentação para os ambientes de produção. Porém, devido a um incidente técnico no ambiente de sustentação do datacenter da Sede, tivemos que mudar o projeto inicial. Após muito estudo da equipe técnica, transformamos o projeto de segregação de ambientes não produtivos no projeto de datacenter em nuvem pública com contingência e redundância”, detalhou.

Escala

O gerente Denilson Rodrigues afirma que neste novo cenário há um ganho de escalabilidade, a capacidade de absorver a demanda crescente de modo apropriado sem prejudicar a entrega de serviços e adaptando-se, de forma flexível, às exigências de cada momento. “Melhora-se, ainda, a eficiência energética, que vai favorecer, por exemplo, o uso de dispositivos de ar-condicionado e poderá gerar economia. Mas o principal é que teremos um data center de última geração, sempre disponível e atualizado, e menos chance de interrupção dos serviços”, enfatizou.

Ele disse que atualmente o Tribunal já possui contrato vigente no modelo denominado “on premise”, em que os equipamentos, embora pertençam à contratada, estão instalados dentro dos datacenters da instituição. Nesse formato, o fabricante instala os equipamentos e softwares e dá sustentação aos sistemas. Normalmente, os contratos têm vigência de 60 meses.

“Passado esse tempo, é necessário fazer as atualizações. Mas trata-se de um procedimento custoso: existia todo um planejamento prévio para aquisição dos equipamentos e softwares, depois se marcava um dia para substituir as máquinas antigas pelas novas para instalar as aplicações, e ainda havia um período de testes. Com a solução de nuvem pública, aliviaremos as equipes técnicas, o que possibilitará um crescimento horizontal e vertical sem grandes impactos”, disse. 

PJe

O gerente Denilson Rodrigues explica que o processo judicial eletrônico (PJe) requereu uma solução à parte, pois o sistema não era integrado ao serviço de computação em nuvem contratado pelo TJMG. O PJe 2º Grau nascerá em nuvem pública. Toda a infraestrutura será provida pela contratada que responderá pela disponibilidade dos sistemas nas suas próprias estruturas de nuvem. A previsão deste projeto é que ele esteja em produção até setembro de 2023. Já o PJe 1º Grau contará com uma solução híbrida. 

“Somos um dos principais Tribunais de Justiça do país utilizando o PJe. Nossa volumetria de acessos e movimentações de processos diária é absurdamente grande. Por este motivo, optamos por um desenho híbrido, prevendo a utilização do datacenter na Sede do Tribunal e de outro datacenter em colocation. Eles estarão interligados por fibras ópticas redundantes conhecidas por cinturão digital do TJMG. O PJe de 1ª Instância também deverá rodar na nuvem pública, e para isso será útil o aprendizado adquirido com o PJe da 2ª Instância”, concluiu.

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