“Inovação na Gestão das Unidades Judiciárias” foi o tema da palestra ministrada nesta sexta-feira (9/4) pelo juiz auxiliar da 1ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Rodrigo Martins Faria. O evento foi promovido pela Corregedoria-Geral de Justiça e transmitido pelo canal da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) na plataforma YouTube.
Abriram a palestra o corregedor-geral de justiça, desembargador Agostinho Gomes de Azevedo, o superintendente da Ejef e 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Tiago Pinto, e o 3º vice-presidente, desembargador Newton Teixeira Carvalho.
Segundo o corregedor-geral de justiça, desembargador Agostinho Gomes de Azevedo, o tema “inovação nas unidades judiciárias” é de fundamental importância para magistrados, servidores e colaboradores do TJMG. “É função da Corregedoria-Geral de Justiça estar sempre orientando magistrados e servidores. Temos a função de corrigir, mas somente em último caso. Nosso papel principal é o de orientar”, ressaltou o desembargador ao abrir o evento.
“Gostaria de manifestar minha alegria e satisfação em poder participar destas atividades promovidas pela Corregedoria. Eu já fui corregedor no TJMG e no Tribunal Regional Eleitoral, e esse trabalho tem a função de aproximar e educar a magistratura”, detalhou o 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Tiago Pinto.
O 3º vice-presidente, desembargador Newton Teixeira Carvalho, lembrou da função pedagógica da Corregedoria, que exerce papel mais importante e relevante do que simplesmente o de ser corretiva. “E a palestra deve ser direcionada não apenas para a Primeira Instância, mas também a magistrados e servidores da Segunda Instância, para uma melhor gestão. Precisamos diminuir os entraves e, consequentemente, melhorar o atendimento jurisdicional”, observou o desembargador Newton Carvalho.
Steve Jobs
A palestra do magistrado Rodrigo Martins Faria foi balizada na experiência vivida por ele na Comarca de João Pinheiro, no Noroeste de Minas, onde atuou até o ano passado, antes de ser promovido para atuar como juiz auxiliar em Belo Horizonte. Com ideias inovadoras, o magistrado uniu os servidores da comarca e, em apenas dois anos, conseguiu baixar aproximadamente 10 mil processos, que superlotavam o fórum da cidade.
Antes de entrar em detalhes do seu dia a dia como juiz, Rodrigo Martins Faria citou exemplos de empresas que foram líderes mundiais em seus segmentos de atuação, mas não acreditaram na modernização e acabaram sucumbindo. Foi o caso da Kodak, referência na área fotográfica nos anos de 1970 e 1980. Na virada para o século XXI, a Kodak perdeu mercado para as empresas que apostaram na fotografia digital, um exemplo nítido de quem ignorou a necessidade de inovação.
Outro exemplo apresentado foi o da Blockbuster, líder mundial incontestável de locação de filmes, com lojas espalhadas pelo mundo, e que perdeu todo o mercado para empresas como a Netflix, que acreditou e apostou nas plataformas de streaming.
A inovação, de acordo com o juiz Rodrigo Martins Faria, também foi a mola propulsora para a Apple passar a ser a empresa que hoje vale mais de US$ 2 trilhões na Bolsa de Valores. “Na década de 1990 Steve Jobs comprou uma BMW de luxo que vinha com um celular Motorola, modelo Startac. Mas ele não se conformava que o aparelho se limitava a chamadas telefônicas”, lembrou o palestrante. A partir daí surgiu a ideia do hoje badalado e cobiçado iPhone, que transformou um simples celular em uma plataforma multimídia, capaz de viabilizar uma reunião de negócios, inclusive quando os usuários estiverem no meio de um congestionamento.
A palestra foi mediada pelo juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça Eduardo Reis e teve como debatedores os juízes auxiliares da Corregedoria Adriano Zocche e Márcio de Souza Macedo. A coordenação do evento ficou sob a responsabilidade do juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência e da superintendência da Ejef, Murilo Sílvio de Abreu.
A palestra poderá ser vista no canal da Ejef na plataforma do YouTube no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=zPMxz2nrPhM.
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