Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Brumadinho: definidos detalhes para pagamentos emergenciais

Vale e instituições da Justiça fixam novos acordos sobre a tragédia de Brumadinho


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Novos acordos foram definidos na sexta audiência de conciliação realizada hoje, 21 de março, entre instituições do sistema de Justiça e a mineradora Vale S.A., na 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias, em Belo Horizonte. As negociações tentam reparar os danos causados pelo rompimento de barragens da Mina do Feijão, em Brumadinho, em janeiro deste ano.

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Pagamentos emergenciais aos atingidos, ressarcimentos, captação de água e controle de transmissão de vírus por mosquitos entraram na pauta de negociação

Foram discutidas questões relacionadas aos pagamentos emergenciais aos atingidos, à captação de água, ao ressarcimento aos produtores rurais, ao controle de transmissão de vírus por mosquitos e a um novo ressarcimento de despesas do estado.

Sobre os pagamentos dos auxílios emergenciais fixados para ressarcimento de prejuízos, a mineradora informou que mais de 1 mil pessoas já receberam os valores definidos pela Justiça, além de outros 353 agendamentos já terem sido realizados.

A empresa está pagando um salário mínimo mensal para cada atingido adulto, meio salário para cada adolescente e um 1/4 do mínimo para cada criança, com a intenção de cobrir as necessidades essenciais dos moradores, a contar da data do rompimento da barragem.

Todos os moradores a até um quilômetro do leito do Rio Paraopeba, chegando à cidade de Pompéu, na represa de Retiro Baixo, têm direito à indenização.

Alguns moradores de comunidades devem ser atendidos de forma especial, já que estão mais vulneráveis e não têm condições de buscar auxílio diretamente com a Vale.

O Ministério Público e a Defensoria ficaram de apresentar um cronograma para atendimento coletivo até 4 de abril, data da próxima audiência de conciliação.

A Vale informou que até 29 de abril já terá permitido o agendamento de todas as comunidades. Em 2 de maio, data de outra audiência de conciliação agendada, a empresa vai apresentar o relatório com esses dados.

Transmissão de doenças

Ficou definido o prazo de dez dias úteis para a mineradora examinar a proposta do estado sobre contratação de exames laboratoriais e também realização de controle com metodologia que bloqueia a transmissão de vírus transmitidos por mosquitos. Para esses dois casos, a Vale deve gastar em torno de R$ 60 milhões.

Água

A empresa se comprometeu ainda a resolver o problema de captação de água no Rio Paraopeba, em acordo que vai ser disponibilizado ao Governo do Estado até segunda-feira, 25 de março.

O termo de ajustamento de conduta (TAC) já definido nessa área entre a empresa, o Ministério Público e a Prefeitura de Pará de Minas precisa e deve ser, posteriormente, homologado pela Justiça.

Dívidas

Quanto aos produtores rurais e comerciantes que assumiram dívidas após a tragédia, as comissões de atingidos vão encaminhar para as Defensorias Públicas um levantamento das pessoas nessas condições, demonstrando, inclusive, os valores despendidos.

Ficou acordado também o levantameno de mais de R$ 29 milhões para ressarcimento de despesas custeadas pelo estado após a tragédia.

A audiência foi presidida pelo juiz Elton Pupo Nogueira e incluiu os representantes do Ministério Público Estadual e Federal, da Procuradoria da República, da União, da Defensoria Pública Federal e Estadual, da Advocacia-Geral do Estado e da Vale. Ficou definida a continuidade das negociações nas próximas audiências de conciliação, na 6ª Vara da Fazenda Estadual.

Processo 5010709-36.2019.8.13.0024.

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