A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Itaúna, a primeira de Minas Gerais e modelo para o País e para o mundo, recebeu hoje, 21 de junho, a visita de uma comitiva da Coreia do Sul, de magistrados de Rondônia e de representantes da Apac de Fortaleza.
O grupo da Coreia do Sul, formado por diretores e funcionários da prisão privada Somang, vieram conhecer melhor o método apaquiano e aperfeiçoar o trabalho de humanização do cumprimento da pena, já iniciado por eles. Trata-se da segunda visita de membros daquela prisão à Apac.
Compuseram a comitiva o diretor de educação e reabilitação da prisão Somang, Kim Mooel, o diretor do departamento de segurança, Taeyoung Jung, o secretário-geral, Songchul Bae, e o pastor evangélico Pyeonggu Cho, que cuida da formação espiritual dos recuperandos. Eles foram acompanhados pelos intérpretes Dong Hwan e Pedro Oh.
O corregedor-geral do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Hiram de Souza Marques, e o juiz auxiliar Cristiano Gomes Mazzini realizaram a visita com o intuito de implantar o método apaquiano em seu estado. O representante da Apac de Fortaleza, ainda em processo de implantação, pastor Nelson Roberto Massambani, também veio conhecer como o método funciona na prática.
Os visitantes foram recebidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Itaúna, Paulo Antônio de Carvalho, pelo diretor executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), Valdeci Antônio Ferreira, e pelo presidente da Apac de Itaúna, Evangelista Lopes da Silva, que esclareceram várias questões e dúvidas sobre o funcionamento da Apac.
Em seguida, eles percorreram as instalações da unidade e almoçaram junto com os detentos na área do regime fechado.
Para o desembargador Hiram de Souza Marques, do TJRO, “o sistema Apac é hoje uma referência nacional e internacional”. Ele ressaltou que Minas Gerais encontrou um caminho para a solução dos graves problemas relacionados à população carcerária em todo o Brasil.
“Ao buscar o resgate da autoestima e o crescimento pessoal do recuperando, a Apac cumpre o papel do Estado de reinseri-lo na sociedade”, afirmou o desembargador. Segundo Marques, Rondônia possui de 9 a 10 mil detentos.
Já os representantes da Coreia do Sul informaram que o país, com uma população de 50 milhões de habitantes, possui aproximadamente 55.000 detentos. O Estado do Ceará, segundo o pastor Massambani, possui cerca de 20 mil presos.
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