Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Júri de Ituiutaba condena dupla por feminicídio

Suposta comparsa foi absolvida; penas são de 16 e 24 anos


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Fórum de Ituiutaba
Fórum de Ituiutaba: julgamento ocorreu pouco mais de um ano depois do crime

O Tribunal do Júri da Comarca de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, condenou dois homens pelo homicídio qualificado (por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver de uma mulher de 37 anos. Uma mulher acusada foi absolvida. Os crimes ocorreram em 30 de março de 2019, em mais um caso de violência contra a mulher.

A sentença é de 17 de setembro. O juiz Roberto Bertoldo Garcia condenou Rollander José Camargos a 16 anos de reclusão em regime fechado e dez dias-multa, e Vilson de Morais a 24 anos, 9 meses e 15 dias, acrescido de 60 dias-multa. Os réus, que estão presos, não poderão recorrer em liberdade.

O magistrado determinou ainda a expedição do alvará de soltura de Juliana Alves Ferreira, já que os jurados, por maioria, não se convenceram de que ela participou dos delitos.

No caso de Rollander, de 40 anos, o juiz levou em conta a atenuante de confissão espontânea. A situação de Vilson, de 36, foi considerada mais grave, pois ele já havia sido condenado anteriormente, o que caracterizava maus antecedentes.

Motivação

De acordo com a denúncia, Sueli Aparecida da Silva se envolveu com Rollander, mas ele se relacionava, havia anos, com outra mulher. Quando ela manifestou desconforto com o caráter não oficial da ligação e ameaçou revelar tudo para a namorada dele, o réu decidiu contratar pessoas para matá-la.

Rollander ofereceu dinheiro a Vilson e Juliana, que na época trabalhavam com ele, numa fazenda. Ainda segundo o Ministério Público, o namorado foi buscar Sueli, a pretexto de saírem juntos, dopou-a e levou até uma mata fechada, onde os outros envolvidos aguardavam. Lá ela foi golpeada três vezes com uma faca.

Depois, o corpo foi escondido no local. Amigos e familiares, preocupados com o desaparecimento e cientes de que a última vez em que foi vista a vítima estava com o companheiro, alertaram a polícia. Ao longo das investigações, Rollander confessou o crime.

Os réus foram denunciados em maio de 2019 e pronunciados em janeiro deste ano. A decisão está sujeita a recurso. Acompanhe o andamento.

 

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