Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Corregedoria ajuda magistrados a enfrentar desafios

Equipe elaborou material personalizado para auxílio de gestão durante pandemia de covid-19


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Corregedoria desenvolve projeto de gestão para auxiliar magistrados

Em meio à pandemia de covid-19, a Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais, por meio de trabalho do Núcleo de Suporte ao Planejamento e Gestão da Primeira Instância (Nuplan), desenvolveu um projeto de gestão para auxiliar os magistrados do interior. O núcleo enviou um formulário de diagnose a 110 juízes, obtendo 74 respostas. Com o resultado, foram criados materiais comum e específicos e encaminhados para as unidade judiciárias participantes.

Ausência de metodologia para definir prioridades e dificuldade de aferir a produtividade no período de trabalho remoto foram os desafios encontrados por magistrados do interior e identificados pelo núcleo. O projeto teve início logo após a suspensão dos prazos processuais, em 19 de março.

Segundo a orientadora técnica do Nuplan e superintendente adjunta de planejamento da Corregedoria, juíza Lívia Borba, o projeto consistia em dar o suporte em termos de gestão para que magistrados e equipe conseguissem executar o trabalho em conjunto da melhor forma possível, mesmo que a distância. Ela contou que o primeiro passo foi ouvi-los e, a partir daí, pensar em estratégias para auxiliá-los no controle da produtividade e na gestão de pessoas, durante esse período de trabalho remoto.

“Com base nas respostas, desenvolvemos uma cartilha e vídeos tutoriais e encaminhamos para as unidades judiciárias. O material aborda a gestão da produtividade, o trabalho em home office, com dicas, e algumas iniciativas que estão sendo aplicadas pelos juízes.  O material foi enviado e está também disponível na Rede TJMG”, explicou a coordenadora do Nuplan, Maria Daniela Ferreira.

A juíza destacou que, após o retorno dos formulários, o suporte foi feito de forma personalizada, uma vez que cada comarca tem sua peculiaridade. “Demos o suporte naquela dificuldade que o magistrado apresentava. A iniciativa do Nuplan veio muito em boa hora para auxiliar magistrados”, afirmou.

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Juíza Lívia Borba diz que o Nuplan desenvolveu um trabalho personalizado, após respostas dos magistrados

O juiz da 1a Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude de João Pinheiro, Cleiton Chiodi, concorda. “Esses materiais vêm auxiliando de maneira efetiva e dinâmica na superação dos desafios criados pelo novo cenário. A compreensão e a aplicação de tais ferramentas, aliadas ao enorme esforço de magistrados e servidores, permitem dar continuidade à prestação jurisdicional durante o regime de plantão extraordinário sem perda quantitativa ou qualitativa.”

Para ele, a capacidade de superação e transformação que despontaram nesse período “refletem na garantia do povo mineiro de contar com um Judiciário cada vez mais dinâmico, eficiente e cônscio da missão constitucional de perfazer justiça e construir uma sociedade mais justa e solidária”.

O núcleo apresentou ferramentas e indicou onde magistrados poderiam buscar informações para suas necessidades. Além do material desenvolvido, a magistrada avisou que, na aba da Corregedoria na Rede TJMG, os colegas podem acessar painéis estatísticos de planejamento, de fiscalização, guia prático de acesso aos sistemas disponíveis e passo a passo para a emissão de relatórios.

Para acessar, basta clicar em Institucional/Corregedoria/Desdobramento do planejamento estratégico, na Rede TJMG.

Caminho

“Você já pensou em ações que auxiliem a gestão de sua unidade judiciária em tempos de crise?” Essa foi a reflexão feita na abertura do formulário, que seguiu com questionamentos do tipo: “foram compartilhados protocolos e boas práticas de home office?”; “a produtividade dos servidores está sendo medida?”; “está sendo medida a produtividade individual de despachos, decisões da equipe de gabinete?”; “a alocação de recursos foi ajustada para as atividades prioritárias?”.

Para ajudar a estabelecer as prioridades, o núcleo sugeriu a utilização da ferramenta Matriz GUT. A sigla vem dos termos gravidade, urgência e tendência. A importância de cada problema ou ação é classificada após a multiplicação da pontuação dada a cada um desses três fatores.

Segundo a coordenadora, ferramentas da ciência da administração podem ser perfeitamente aplicadas no dia a dia das unidades.

A gravidade é o critério que avalia o impacto ou intensidade que o problema pode gerar se não for solucionado. A urgência está relacionada ao tempo e à “pressão”, ou seja, à rapidez com que determinada situação deve ser resolvida.  A pergunta que se pode fazer nesse caso é: isso pode esperar? A tendência diz respeito ao padrão de evolução da questão, isto é, se o problema tende a piorar rapidamente ou se deve permanecer estável se não for resolvido. A cada um dos fatores, atribui-se nota de 1 a 5.

Boas práticas identificadas

A coordenadora explicou que a última etapa do trabalho consistia em identificar, por meio das respostas, as boas práticas que estavam sendo implementadas.

Compartilhamento de tabela no Google Drive para acompanhamento da produtividade dos colaboradores, onde cada um lança as tarefas executadas, conforme definição prévia. Confecção de mandados no Libre Office para imediata expedição após o término da suspensão do expediente. Essas são algumas das boas práticas compartilhadas por magistrados no período de trabalho realizado remotamente.

 As unidades judiciárias atendidas são as que estão realizando o desdobramento estratégico com o acompanhamento do Nuplan.
 

Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom
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