Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Igarapé realiza Círculos de Construção de Paz em escola estadual

Evento integra Semana Mineira de Justiça Restaurativa.


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Realização de círculo de construção da paz em escola estadual foi bem recebida pelos estudantes e professores (Crédito: Divulgação Cejusc Igarapé / TJMG)

Durante a Semana Mineira de Justiça Restaurativa, e com o apoio da 3ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Igarapé (Cejusc Igarapé) iniciou o projeto "Circular para Recomeçar", com a realização dos Círculos de Construção de Paz na Escola Estadual Cristiano Chaves. A primeira experiência ocorreu em 10/4 e teve o objetivo de identificar estratégias de cuidado individual e coletivo para adolescentes.

A iniciativa busca promover o diálogo, a escuta ativa e a reflexão entre os alunos, fortalecendo o ambiente escolar como espaço seguro e acolhedor. Os encontros ocorrerão quinzenalmente na Escola Estadual Cristiano Chaves e contam com a colaboração das facilitadoras Cássia Silva, Cíntia Marriel, Karina Vieira, Thalita Cunha e Vânia Alves Ramos.

O juiz coordenador do Cejusc Igarapé, Luis Henrique Guimarães de Oliveira, ressaltou a importância da mobilização. 

“Trata-se de uma ação fundamental para fomentar a cooperação entre educadores e alunos, contribuindo para a construção de um ambiente escolar e familiar mais pacífico e harmonioso”, afirmou.

Ainda segundo o magistrado, a direção da escola agradeceu a oportunidade de participar da ação e parabenizou a equipe pelas atividades desenvolvidas.

“A ampliação do projeto 'Circular para Recomeçar' para o ambiente escolar reafirma o compromisso do Cejusc Igarapé com a promoção das Práticas Restaurativas e a consolidação de uma cultura de paz”, disse.

Cuidado

Para a facilitadora Vânia Alves Ramos, trata-se de projeto relevante no contexto legal e social.

“Nosso ordenamento jurídico impõe um dever de cuidado compartilhado entre as famílias, o Estado e a sociedade para com crianças e adolescentes, e estabelece que devemos promover todos os meios necessários para protegê-los de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Assim, torna-se imprescindível refletir sobre estratégias concretas de cuidado e proteção”, destacou.

Segundo a servidora, a implantação das Práticas Restaurativas no ambiente escolar — um espaço que deveria proporcionar segurança e possibilitar a escuta ativa, a contação de histórias e a validação dos sentimentos — “configura-se como uma medida urgente, necessária e desafiadora, especialmente quando aliada a outras políticas públicas de cuidado”.

A avaliação da facilitadora Vânia Ramos é que a temática abordada permitiu constatar o sofrimento que muitos jovens e crianças enfrentam cotidianamente, que é agravado pela disseminação da desinformação, por discursos de ódio, pela exclusão e por diversas formas de violência — praticadas tanto no ambiente físico quanto nas redes sociais.

“Cabe ressaltar que essa iniciativa está em consonância com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda aos tribunais a adoção de medidas para o fomento da cultura de paz. Essa recomendação vem sendo implementada pelo TJMG por meio de diversas políticas e ações, entre elas a formação de novos facilitadores. Essa capacitação é essencial para garantir a realização e a continuidade das Práticas Restaurativas nas escolas, fortalecendo um ambiente de acolhimento, respeito e transformação”, concluiu.

Enriquecimento

A facilitadora Thalita Cunha enalteceu o aprendizado e a satisfação com os resultados alcançados. 

“Para mim, ter realizado as práticas circulares nas escolas foi extremamente rico. Além de promovermos a conexão entre os alunos, isso oportunizou dar voz a muitos que puderam contar suas próprias histórias. Sabemos que o ambiente escolar pode, frequentemente, ser hostil para muitos alunos. Esses momentos são valiosos também na prevenção da violência escolar”, afirmou.

A percepção da facilitadora Karina Vieira sobre o Círculo foi semelhante.

“Participar do Círculo de Construção de Paz na escola foi uma experiência muito positiva. Foi interessante ver como os alunos se envolveram e como o espaço favoreceu o diálogo e a escuta. Acredito que ações como essa contribuem para um ambiente escolar mais respeitoso e colaborativo”, declarou.

Já a facilitadora Cássia Magela se disse emocionada por vivenciar a prática. “Foi muito gratificante ser contribuição no Círculo dessa escola e sentir a validação dos alunos e professores. Senti que podemos e devemos ressignificar o ambiente escolar com o projeto da Justiça Restaurativa e o Círculo de Paz nas escolas”, enfatizou.

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