“Por que assistir a um filme é importante? Para ter conhecimento, para podermos nos reunir e entender a história de vida do outro, pois todos nós temos a nossa história.”
A reflexão foi proposta pela juíza da Vara da Infância e da Juventude e do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte (CIA-BH), Andréa Mol Bessa, às crianças e adolescentes em situação de acolhimento que participaram, nesta terça-feira (18/11), de sessão do projeto “Cineclube TJ”, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A exibição do filme “Shrek” (2001), dirigido por Andrew Adamson e Vicky Jenson, foi uma iniciativa da Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinj) do TJMG, por meio do projeto “Expresso da Infância”. Essa foi a última sessão do ano especial do Projeto.
Participaram 33 crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, acompanhados por 10 educadores das instituições Casa dos Irmãos, Casa Esperança XI e Casa Lar Francisca de Paula II, todas da Capital, e da Casa Lar Projeto Bom Pastor, de Sabará, na Região Metropolitana. Os jovens foram recebidos com lanche especial, pipoca, balas e pirulitos.
A sessão que faz parte das ações de promoção de cultura, lazer e integração social do TJMG ocorreu no Auditório da Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais (CGJ), no Centro de Belo Horizonte.
Sobre o filme
Em um pântano distante, o ogro Shrek vive satisfeito em sua solidão, até que seu refúgio é invadido por criaturas de contos de fadas expulsas pelo tirânico Lorde Farquaad. Para recuperar sua tranquilidade, ele embarca em uma jornada ao lado do divertido Burro.
Durante a missão, Shrek resgata a princesa Fiona, prometida a Farquaad, e descobre que ela guarda um segredo capaz de transformar tudo o que ele acreditava sobre beleza e amor. Entre dragões, feitiços e reviravoltas, o ogro percebe que até o coração mais isolado pode encontrar um “felizes para sempre”.
Cultura e lazer
A juíza Andréa Mol ressaltou que uma das funções institucionais do Tribunal de Justiça é assegurar o acesso à cultura, ao esporte e ao lazer às crianças e aos adolescentes em situação de acolhimento.
“Além disso, possibilitamos esse momento no cinema, garantindo o direito de conhecerem as instituições do Judiciário, de entenderem que esse também é um espaço delas. É uma tarde de cultura, alegria, encontro e acolhimento. A infância e a adolescência são fases essenciais do desenvolvimento e, em regra, essas crianças não têm acesso a atividades como esta. O eixo cultura, educação e lazer é fundamental para ampliar horizontes, perspectivas e possibilidades.”
Segunda sessão
O jovem W.G.O.S. contou que essa foi sua 2ª participação no “Cineclube TJ”: “Acho muito legal o Tribunal de Justiça colaborar com o abrigo e trazer a gente aqui para assistir e conhecer vários filmes. Hoje vim ver ‘Shrek’ e já assisti ‘Alice no País das Maravilhas’.”
A pequena Y.D. também participou pela 2ª vez do projeto cultural do TJ: “É diferente ter essa tarde no cinema. Acho legal o que vocês fazem porque muitas crianças, hoje em dia, não conhecem desenhos, só coisas ruins.”
O educador João Victor Pereira, da Casa Esperança XI, reforçou a importância da atividade:
“Essas crianças e adolescentes estão em uma fase em que é fundamental explorar diferentes experiências para o desenvolvimento intelectual e cognitivo. ‘Shrek’ é colorido, tem humor e aspectos educativos. A arte e a cultura contribuem muito para o crescimento deles.”
Expresso da Infância
Criado em 2011 – inicialmente como “Expresso Coinj” –, o projeto “Expresso da Infância” garante o acesso de crianças e adolescentes em situação de acolhimento a atividades culturais, esportivas e de lazer, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990).
Mais de 4 mil jovens já foram atendidos na capital e na Região Metropolitana, consolidando o Projeto como instrumento de valorização, integração social e fortalecimento de vínculos comunitários.
“Cineclube TJ”
O “Cineclube TJ” foi criado em 2003 pelo desembargador Sérgio Augusto Fortes Braga, com o objetivo de incentivar magistrados, servidores e colaboradores a refletir sobre obras cinematográficas.
Desde 2017, o Projeto também realiza sessões com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, acompanhadas de debates. As obras exibidas são cedidas pelo setor Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais.
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