Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Cejusc pode diminuir conflitos em família

Intervenção vai tentar solucionar conflitos ocorridos no âmbito familiar, mas não interfere no processo criminal de violência doméstica


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Uma reunião realizada hoje, 30 de maio, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Belo Horizonte (Cejusc-BH), marcou o início de uma nova iniciativa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na busca da pacificação social. Os magistrados especializados em violência doméstica vão encaminhar para a equipe técnica do Cejusc casos em que identificarem conflitos periféricos – por exemplo, pensão alimentícia e visitação – como motivação para violência.

 

A parceria foi idealizada pelo 3º vice-presidente, Saulo Versiani Penna, coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJMG (Nupemec), e recebeu o apoio da desembargadora Kárin Liliane de Lima Emmerich e Mendonça, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv).

 

O juiz Renan Chaves Carreira Machado, coordenador do Cejusc-BH, determinou a abertura de pauta especial para o atendimento de casais indicados pelos juízes das quatro varas de violência doméstica. Considerando a especificidade desses conflitos, que, embora já estejam inseridos na rotina do Cejusc, estão relacionados a um contexto de violência doméstica, o coordenador Renan Machado pretende atuar nessa primeira fase detalhadamente, a fim de avaliar os resultados e a eficiência da intervenção nas famílias vítimas de violência.

 

A desembargadora Kárin Emmerich destacou que a intervenção visa à pacificação social, pois os conflitos periféricos por vezes motivam a violência doméstica. Com a solução desses conflitos, portanto, é possível interromper a prática da violência. Porém, ressaltou a magistrada, o processo criminal seguirá seu trâmite normalmente. Ela destacou ainda que a intervenção depende da manifestação de interesse da vítima.

 

Uma contribuição que a intervenção pode trazer para o processo é embasar a análise do magistrado, caso a situação de violência cesse e a vítima demonstre interesse em retomar a convivência. O juiz Marcelo Gonçalves de Paula, que participou da reunião hoje, explicou que, com a manifestação da equipe do Cejusc sobre a retomada do entendimento e a possibilidade de convivência pacífica entre o casal, o magistrado pode, se houver manifestação expressa da vítima, reavaliar as medidas protetivas aplicadas.

 

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