O 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Alberto Vilas Boas, conduziu, nesta segunda-feira (29/4), a solenidade de abertura da mostra “O Rio da Arte”, do artista plástico Paulo Laender. As obras – pinturas, gravuras e esculturas – ficam em exposição no hall do Edifício-Sede, até 13 de junho. 

Aberta ao público, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 9h às 18h. A exposição é mais uma ação do programa TJMG Cultural, coordenado pela Diretoria Executiva de Comunicação (Dircom).

O presidente José Arthur de Carvalho Pereira Filho, em razão de agenda institucional que impossibilitou sua participação na abertura da mostra, visitou a exposição antes da cerimônia para cumprimentar o artista. “A exposição está belíssima. As obras do querido artista mineiro Paulo Laender, escultor e pintor de talento, estão enobrecendo o espaço do Tribunal, trazendo cores, volumes e sinuosidades, como só ele sabe fazer. Esse é um momento importante, em que mais um artista mineiro é exaltado, o que é muito necessário”, afirmou.

O presidente reiterou que o hall do edifício-sede, por meio do programa TJMG Cultural, é um espaço dedicado à valorização da arte e da cultura. “Vivemos num ambiente inóspito, de resolução de litígios. Por isso, é fundamental termos esse espaço de descompressão, de beleza, de leveza, dedicado à arte. Isso ajuda a tornar as coisas mais amenas e até a trazer mais serenidade para os eventuais litigantes que estiverem no TJMG”, afirmou o desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho.

O desembargador Alberto Vilas Boas, que representou o presidente do TJMG durante a cerimônia, também ressaltou a importância do TJMG ter um espaço dedicado à arte. “As exposições estão se tornando uma tradição no edifício-sede. Elas compõem o espaço de circulação das pessoas no Tribunal; e não há nada melhor do que uma obra de arte, nas mais variadas formas e estilos, para integrar esse ambiente e torná-lo mais agradável”, disse.

Para o 1º vice-presidente, as exposições no TJMG também permitem que públicos diversos apreciem a cultura e a arte. “Proporcionamos esse momento de contemplação, muitas vezes, a pessoas que não têm o hábito de visitar mostras de pintura ou museus. Com essa iniciativa, o Tribunal permite que a sociedade usufrua de um espaço que é público, desfrutando de arte de bom gosto e de qualidade, como essa do artista Paulo Laender.”

Na cerimônia, o desembargador Alberto Vilas Boas leu o discurso enviado pelo presidente José Arthur de Carvalho Pereira Filho: “O artista Paulo Laender se reconhece como ‘atemporâneo’, com o entendimento de que a arte desconhece limites entre passado, presente e futuro. Dessa maneira, sua obra tem raízes fincadas na tradição da escultura em Minas, mas alça voos para muito além, nutrindo-se de referências diversas e dispensando o enquadramento a determinados estilos, tendências ou escolas.”

No discurso, o presidente José Arthur Filho agradeceu ao artista por ter aceitado o convite do TJMG, compartilhando suas pinturas e esculturas com o numeroso público que passa pelo edifício-sede todos os dias. “Por meio de sua atuação múltipla, Paulo Laender tem dado vazão ao seu potente manancial criativo. Com isso, tornou-se o exemplo de que o território da arte não possui fronteiras: a expressão do artista flui por onde o sujeito desejar ou necessitar.”

Paulo Laender propôs uma reflexão sobre o processo de concepção da arte na atualidade. “Agora, neste tempo atual, quando e onde o espetáculo importa mais e supera a própria obra e seu significado, este processo se encontra em plena extinção, substituído que está por um novo e questionável arranjo. Os artistas, em grande número, não se interessam mais por conhecimento e história, domínio e profundidade de expressão e, ou mesmo, técnicas básicas. Confundem banalidade e agressividade com ousadia e coragem”, afirmou.

Para ele, que é mineiro de Teófilo Otoni, o que existe agora são narrativas previamente elaboradas no sentido de determinar e encaminhar o que deveria ser a obra e a conduta do artista em benefício de alguma ideia. “Tais narrativas negam, principalmente, a herança cultural deixada pelos mestres que nos antecederam e que possibilitaram à arte se tornar este rico esteio do conhecimento. Considerando tudo isso, passei a entender a arte como um longo, vasto e largo rio. Sem começo nem fim, seu leito pode ter a forma do infinito e suas águas armazenando, através do tempo, o saber e a experiência dos povos e dos mestres”, disse.

Paulo Laender também exaltou a iniciativa de valorização da arte que vem sendo feita pelo Judiciário mineiro. “Quando uma casa como o Tribunal de Justiça abre um espaço como esse para a arte, sobretudo para as artes plásticas, reconhecemos o quanto isso é especial e importante. E só podemos torcer para que esse trabalho continue e cresça. Eu parabenizo o TJMG por essa iniciativa e agradeço pelo convite, que me honrou”, disse.  

O artista

Nascido em meados da década de 1940, Paulo Laender iniciou os estudos de desenho perto dos seus 20 anos, na capital mineira, com a artista plástica, escritora e professora Maria Helena Andrés. Do desenho, passou à gravura e à escultura, vindo a realizar exposições individuais e coletivas. Cursou arquitetura na UFMG e teve experiências como pintor, gravador, arquiteto, escultor, designer de joias, cenógrafo e professor. Seus mais de 60 anos de trajetória artística renderam-lhe a participação em diversos salões e exposições, no Brasil e no exterior, bem como em três bienais de São Paulo.

Presenças

Compuseram o dispositivo de honra o 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Alberto Vilas Boas; o assessor especial do Governo de Minas Gerais, coronel Carlos Henrique Mendes, representando o governador Romeu Zema; o desembargador Pedro Bitencourt Marcondes, ex-presidente do TJMG; e o artista Paulo Laender.

Também participaram da cerimônia os membros do conselho curador da Galeria de Arte TJMG Cultural, desembargadores Eveline Mendonça Félix Gonçalves e José Marcos Rodrigues Vieira; diversos magistrados do TJMG; o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis; a marchand Tanit Alvim; e convidados do artista.

TJMG Cultural

A exposição “O Rio da Arte”, do artista plástico Paulo Laender, é uma ação do TJMG Cultural, coordenado pela Diretoria Executiva de Comunicação (Dircom). O programa foi idealizado pela Presidência e tem como objetivo promover eventos artísticos, literários, culturais e de lazer para os públicos interno e externo.

Veja neste link outras fotos da inauguração da exposição.

Serviço
Exposição "O Rio Da Arte", de Paulo Laender
Local: Galeria de Arte do TJMG, no Hall do Edifício-sede – Avenida Afonso Pena, 4.001, Belo Horizonte
Data: Até 13/6, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados
Horário: das 9h às 18h
Entrada franca

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG
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