Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Programa Caminhos forma primeira turma

Com apoio do TJMG, pessoas em situação de vulnerabilidade cursaram oficinas sobre trabalho, cultura e arte


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A desembargadora Maria Luíza de Marilac, presidente do Núcleo de Voluntariado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, participou, na última quinta-feira (30/6), da Celebração de Conclusão das Formações da primeira turma do Programa Caminhos. A iniciativa, que tem apoio do TJMG, entre outros órgãos públicos e instituições parceiras, promove a inclusão socioeconômica de pessoas em situação de vulnerabilidade social — ou com trajetória de rua ou egressos do sistema prisional.

A Celebração das Formações ocorreu no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT-MG), com presença de autoridades e do público atendido pelo programa. Inicialmente, foram ofertadas 20 vagas. As pessoas selecionadas, que foram encaminhadas pela rede de assistência social de Belo Horizonte e por entidades que já trabalham com o público-alvo do programa, receberam um certificado. Muitas, após participar das oficinas promovidas pelo Caminhos, já ingressaram no mercado formal de trabalho.

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A desembargadora Maria Luíza de Marilac, do Núcleo de Voluntariado do TJMG, afirmou que a meta do programa é capacitar mais pessoas futuramente (Crédito: Divulgação/TJMG)

O Programa Caminhos é uma iniciativa conjunta do TJMG, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), do Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMAIS) e do Instituto de Apoio e Orientação a Pessoas em Situação de Rua (Inaper).

A iniciativa prevê a formação com base em três pilares — trabalho, cultura e arte. As oficinas de formação foram realizadas de janeiro a junho deste ano e incluíram uma visita ao Instituto Inhotim, a criação de uma obra de arte e a formação de um coral, integrado pelos participantes do programa. O coral se apresentou durante a cerimônia dessa quinta-feira. “O percurso de formação visa à inclusão social não só por meio do trabalho, mas também pelo acesso à cultura e à arte. As oficinas são voltadas para o exercício da cidadania. Cada pessoa atendida tem um mentor, que faz um apadrinhamento voluntário e acompanha o desenvolvimento do participante ao longo dos meses”, explica Mauri de Carvalho Braga, analista do CeMAIS.

Ele explica que o público-alvo do Programa Caminhos, em geral, tem vínculos rompidos. “A sociedade, normalmente, não oferece oportunidades para essas pessoas, que enfrentam um estigma social. O mentor é a pessoa que vai acompanhar mais de perto o desenvolvimento e a socialização do participante. O trabalho do Caminhos busca que essas pessoas se reconheçam e sejam reconhecidas como sujeitos de direitos”, disse.

Além das oficinas e dos encontros temáticos, os participantes recebem acompanhamento psicossocial e pedagógico, e passam por formações para o desenvolvimento pessoal. O objetivo é que experimentem uma convivência social saudável, gerando novas experiências e conexões. “As pessoas que concluíram a formação integram, a partir de agora, um banco de oportunidades. Algumas já têm currículos; outras estão construindo esse documento. Queremos potencializar as contratações e continuar acompanhando os participantes. Também acompanharemos, nesse período de adaptação, as empresas que abriram as vagas de emprego”, afirmou Mauri de Carvalho Braga.

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Participantes do Programa Caminhos frequentaram oficinas variadas e, com o término da formação, receberam um certificado (Crédito: Divulgação/TJMG)

O Programa Caminhos tem o patrocínio da ArcelorMittal Brasil, Cemig, AVG Siderurgia, Cedro Mineração, Bemisa e do Sindiextra, e o apoio da Associação do Ministério Público de Minas Gerais, Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), Nepomuceno Soares Advogados Associados e Dinorá Carla Sociedade Individual de Advocacia.

A desembargadora Maria Luíza de Marilac afirmou que o Programa Caminhos tem potencial para um alcance social ainda maior, visto que promove atividades voltadas para o desenvolvimento de habilidades, como a criatividade e a capacidade laborativa, componentes basilares da autoestima. “Sinto-me muito honrada e feliz por participar desse evento de encerramento das formações da primeira turma do Programa Caminhos. Após um significativo percurso de desenvolvimento pessoal e profissional, chegou o momento de comemorarmos, junto às pessoas acompanhadas, a finalização desse importante trabalho”, disse.

A magistrada elogiou a dedicação, o empenho e a vontade de aprender e de progredir revelados por cada participante. “O Programa Caminhos é uma pequena janela de oportunidades que se abre. Muitas outras surgirão e amadurecerão. Acredito que podemos chegar cada vez mais longe, capacitar mais pessoas e abrir mais portas para aqueles que possuem sonhos, mas que sofrem com a falta de oportunidades.”

Além da desembargadora Maria Luíza de Marilac, fizeram pronunciamentos os representantes do MPT, da Prefeitura de Belo Horizonte, do CeMAIS e do Inaper.

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