O superintendente adjunto da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Comsiv/TJMG), juiz Leonardo Guimarães Moreira, recebeu a Medalha Mário Ottoboni, comemorativa do aniversário de 20 anos de fundação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) em Campo Belo, no Centro-Oeste de Minas Gerais.
O magistrado foi agraciado no evento, realizado na Apac de Campo Belo, no sábado (24/11), porque atuou como juiz criminal na comarca sediada na cidade entre 2017 e 2020, período no qual fortaleceu as ações da entidade, ampliou o número de vagas e contribuiu para a construção de uma padaria na unidade.
A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades locais, membros da comunidade, parceiros da instituição e ex-detentos. A Medalha entregue ao juiz Leonardo Guimarães Moreira leva o nome de Mário Ottoboni, fundador do método APAC em 1972, e é concedida a pessoas que, como o homenageado, tenham prestado serviços relevantes ao método apaqueano.
A metodologia APAC, destinada a pessoas condenadas criminalmente, tem como fundamentos a dignidade e a valorização do ser humano. Com o slogan "Aqui entra o homem, o delito fica lá fora", a APAC busca proporcionar uma nova chance para os apenados, por meio de uma abordagem humanizada que visa não apenas punir, mas transformar vidas. A metodologia apaqueana tem como objetivo recuperar o preso, proteger a sociedade, socorrer as vítimas e promover a Justiça Restaurativa, através da educação, do exercício da espiritualidade, da disciplina rígida, do trabalho e da assistência médica, psicológica e jurídica.
Durante o evento, o presidente da APAC de Campo Belo, Hermellis Messias Tirado, lembrou os grandes desafios enfrentados na criação da APAC, que contou com a participação efetiva das autoridades e das lideranças sociais e religiosas. Ele ressaltou a fundamental contribuição dos voluntários e o impacto da metodologia no processo de reintegração dos apenados, enfatizando a importância de dar dignidade e uma nova chance aos recuperandos.
Ele salientou ainda que a perspectiva de transformação dos indivíduos é central para a missão da instituição. “Muitos foram os recuperandos que, ao ultrapassar os portões dessa casa, deixaram o delito lá fora e aqui entrou o homem, frágil, sofrido, mas cheio de esperança em ter o que a Lei de Execução Penal prevê: uma oportunidade digna de serem valorizados como seres humanos”, disse.
Para o juiz Leonardo Guimarães, a APAC de Campo Belo “tem sido um exemplo de como podemos transformar a vida das pessoas através da fraternidade, solidariedade e valorização do ser humano”.
Ainda segundo o magistrado, a cerimônia foi marcada por momentos de reflexão e reconhecimento aos profissionais que dedicam suas vidas ao sistema APAC, com destaque para os servidores e voluntários que atuam diretamente no Centro de Reintegração Social, além de familiares de apenados que passaram por uma jornada de recuperação com a ajuda da instituição.
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