
Por meio da música, a Orquestra Jovem e o Coral Infantojuvenil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais têm sido capazes de fortalecer a cidadania de crianças e adolescentes, abrindo novos horizontes de oportunidades na vida deles. Diante do elevado alcance social das iniciativas, elas foram institucionalizados administrativamente com status jurídico específico na estrutura organizacional da Corte mineira, nesta gestão, por meio da Portaria 5682/PR/2022, que criou uma Superintendência para cuidar especificamente desses dois projetos.
A estratégia inicial da Superintendência foi promover maior publicidade de suas atividades. Com a realização da Cantata de Natal 2022 no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), na Praça da Liberdade, com ampla divulgação, mais de 1.500 crianças procuraram os projetos, interessadas em participar dele. O atendimento foi, assim, expandido: no início da gestão, os projetos atendiam a cerca de 300 crianças e jovens, matriculados e frequentes nas aulas ofertadas; o número saltou para 418 alunos, entre os quais figuram jovens imigrantes da Venezuela e da Colômbia.
Além disso, as iniciativas passaram a atender crianças e jovens com diferentes histórias de vida, em uma abordagem que levou em consideração as particularidades e as especificidades de cada aluno, seguindo um processo de ensino-aprendizagem estudado e concebido pra cada um deles. A estratégia inclui alunos com necessidades especiais e que apresentam sinais/sintomas de transtorno do espectro autista (TEA), deficiência intelectual nível médio, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), depressão e sua abrangência em síndrome ou transtorno.

Foto: Riva Moreira
Um escopo da Superintendência responsável pelos projetos, marca deste primeiro ano de trabalho, foi elevar o nível de integração dos membros da Orquestra Jovem com outros espaços artísticos. Como resposta a essa demanda, a atual Presidência do TJMG e sua equipe atuaram para possibilitar que cinco integrantes da Orquestra, orientados pela Coordenação Pedagógica, participassem da nona edição do Festival Internacional da Música, em Gramado (RS) — intercâmbio artístico e cultural nacional e estrangeiro.
Para valorizar a diversidade e o respeito às diferenças, que são as chaves mestras dos projetos, a Superintendência da Orquestra Jovem e do Coral empenhou-se ainda em oferecer um ambiente acolhedor e inclusivo para todas as crianças e jovens que participam das atividades, independentemente de sua origem, gênero, raça, orientação sexual, religião ou qualquer outra característica.
Por meio da Portaria 6.170/PR/2023, a Orquestra Jovem e Coral Infantojuvenil passaram a integrar o TJMG Cultural, programa do Judiciário mineiro destinado à realização de eventos artísticos, literários, culturais e de lazer paraos público interno e externo do Tribunal.
O apoio logístico e financeiro aos projetos, no primeiro ano da gestão, permitiu a articulação e a promoção de diversas ações extracurriculares aos participantes dos projetos, com a colaboração da Fundação Clóvis Salgado, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, da Lei Federal de Incentivo à Cultura, de Seminários e Workshop, oferecendo oportunidades de acesso à cultura aos alunos, que tiveram a oportunidade de participar de concertos musicais didáticos, eruditos, populares, de ópera e de espetáculos artísticos e teatrais, que contribuem para a formação cidadã deles.

Foto: Riva Moreira
Número de matriculados no 1º semestre de 2023
MODALIDADE |
MATRICULADOS |
Violino |
96 |
Viola |
29 |
Violoncelo |
22 |
Contrabaixo acústico |
17 |
Coral |
168 |
Violão |
18 |
Guitarra |
15 |
Baixo elétrico |
11 |
Flauta doce/ musicalização |
4 |
Percussão/vários instrumentos |
18 |
Clarineta |
7 |
Flauta transversal |
10 |
Saxofone |
3 |
TOTAL DE MATRICULADOS NO PROJETO |
418 |

“O trabalho desenvolvido pela Superintendência da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil, neste primeiro ano de gestão da atual diretoria do TJMG, é motivo de orgulho todos os que a integram, pois abraçaram os desafios com os olhos voltados para as crianças e os jovens atendidos por seus projetos, acolhendo-os com carinho, auxiliando-os no seu desenvolvimento, inspirando-os e incentivando-os a abraçarem as oportunidades. Agradeço a atual gestão que, dentro de suas possibilidades, atua preocupada com a desigualdade social e seus impactos na nossa cultura, e apresenta soluções criativas dentro do escopo de sua atuação jurisdicional”
Foto: Cecília Pederzoli
Superintendente da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do TJMG, desembargador Wagner Wilson Ferreira
