Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Violência doméstica é pauta em Itabira

Comarca realiza sequência de eventos e palestras sobre o tema


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Levar o tema a ser discutido pela população e transformar a cultura de agressões é o objetivo da Comarca de Itabira ao realizar três dias de eventos de debates sobre violência doméstica. Adiantando a 14ª Semana pela Paz em Casa, que será realizada nacionalmente de 19 a 23 de agosto, Itabira realizará palestras e rodas de conversa, do dia 13 de agosto ao dia 15. Todas elas com a presença ativa da Comissão de Enfrentamento da Violência Doméstica e Sexual de Itabira.

Para a juíza da 2ª Vara Criminal da comarca e representante da comissão, Cibele Mourão Barroso, a mobilização popular em prol da mudança da cultura da agressão é a única porta para mudar a realidade. “Não é com prisão que se mudam os números”, afirma.

Segundo a magistrada, o Direito sozinho apenas pune, nem sempre transforma. Por isso, uma das práticas que mais tem tido evolução são os grupos reflexivos, nos quais homens que cometeram agressões são reunidos para rever suas atitudes e romper o ciclo da violência.  “Às vezes, a forma violenta de amar foi aprendida com os antepassados e insiste em ser lançada às atuais e futuras gerações”, diz.

Por isso, segundo ela, esses eventos são tão importantes, porque levam esse assunto para perto das pessoas e faz com que elas reflitam. “A origem da violência contra a mulher é cultural. Podemos ter as melhores políticas públicas de punição; mas, se elas não tiverem uma perspectiva de prevenção, pensando em como alterar normas sociais e culturais, não vamos resolver o problema”, completa.

Eventos

O I Congresso Itabirano de Direito – Construindo Diálogos no Quadrilátero Ferrífero, organizado pela OAB, começou hoje, 13 de agosto, e vai até quinta-feira, dia 15. A desembargadora Kárin Emmerich proferirá a palestra “Enfrentamento da Violência de Gênero: direitos, garantias e desafios”, focada na violência sofrida pela mulher em outros ambientes além do doméstico.

A desembargadora relata que a importunação na rua, os comentários de como a mulher deve se vestir, preconceitos no trabalho, como a falta de oportunidades ou de reconhecimento, são outras ocorrências comuns.

“Dez entre dez mulheres já sofreram esse tipo de violência, em algum momento da vida.” Segundo ela, muitas vezes essas situações parecem banais; mas, como são repetitivas, são reais.

“Se essa cultura não mudar, a violência física vai aumentar. Só falando exaustivamente sobre esse tema é que iremos transformar a realidade”, diz. A palestra será realizada no Colégio N. Senhora das Dores, às 19h.

No dia 15, será lançado o projeto Cidade 50-50 – Todas e todos pela igualdade. É um evento da prefeitura da cidade em parceria com a ONU Mulheres com o objetivo de discutir uma maior participação das mulheres na política. O evento será realizado no Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, às 9h.

“Agosto Lilás: violência contra a mulher é assunto para todos” será o tema de uma roda de conversa com os funcionários e colaboradores do Hospital Carlos Chagas. O propósito da conversa é sensibilizar os policiais e a equipe médica para reconhecer o assunto e lidar adequadamente com ele, quando aparecer. O evento acontecerá no auditório do hospital, no dia 15, às 13h30.

 

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