Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

TJMG restaura processos molhados de Espera Feliz

Em Abre-Campo, documentos molhados foram recuperados


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Equipe do arquivo de Contagem se mobilizou para restaurar processos de Espera Feliz

A Comarca de Espera Feliz, na região mineira da Mata, foi atingida por fortes chuvas na sexta-feira e no sábado (24 e 25/1). Muitos imóveis foram alagados, entre eles, o Fórum Amado Gripp.

Os processos que estavam arquivados em cerca 2 mil caixas, no subsolo do prédio, ficaram encharcados. Os ativos não sofreram danos.

Para serem restaurados, os documentos foram encaminhados para o centro de remanejamento no Arquivo Geral em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

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A lavagem do material danificado é uma das etapas do processo de restauração das peças

 

O diretor executivo da Gestão de Informação Documental (Dirged), Fernando Rosa de Sousa, explica que serão aplicadas várias técnicas de restauração para mantê-los acessíveis. “O foco é secá-los e retirar o barro naqueles em que for necessário”, disse. Serão utilizadas técnicas de ventilação e separação dos documentos para secagem individual.

O diretor Fernando Rosa esclareceu que será feito o possível para recuperá-los. “Aqueles para os quais não houver solução, serão listados com informações essenciais e eliminados”, disse.

Espera Feliz é comarca de primeira entrância. O juiz Mateus Leite Xavier responde pela Vara Única. O acervo de processos ativos é 9.969.

Em 2019, foram reativados (retirados dos arquivos) 105 ações e baixados 2.630 processos.

Ouça o podcast com o áudio do diretor da Dirged sobre o assunto:

Abre-Campo

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Servidores e estagiários de Abre-Campo recuperaram parte do acervo de processos do cartório eleitoral

Em Abre-Campo, quase todo o território da comarca foi atingido fortemente pelas chuvas. O fórum não foi diretamente atingido, mas o cartório eleitoral, que fica próximo, ficou alagado.

Todo o primeiro pavimento foi completamente inundado, “perdendo-se na lama processos, livros, expedientes, computadores e mobiliário”, explicou o juiz Bruno Miranda Camelo, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da comarca.

A equipe de servidores, além dos estagiários, entrou literalmente na lama, como comentou o juiz, e procurou restaurar os processos físicos e outros materiais atingidos pela água. Houve apoio do chefe do cartório eleitoral da Comarca de Jequeri.

 

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Servidores de Abre-Campo lutam para desgrudar as folhas umas das outras antes de levá-las para secar

 

“Cada expediente desenterrado era uma conquista. Mas havia um problema: os processos e pastas ainda estavam muito sujos e molhados. A probabilidade de restaurá-los, folha a folha, por fotografias, seria maior antes que secassem, já que as folhas se embaralhariam de forma permanente quando secas, além do mau cheiro, que impediria que fossem guardados”, disse o juiz.

O magistrado explicou que, como seria uma tarefa enorme limpar os processos e fotografá-los folha a folha em pouco tempo, uma força-tarefa de voluntários foi organizada na garagem do fórum.

Alguns servidores e estagiários, que estavam com expediente suspenso em razão dos estragos causados na cidade, atenderam ao chamado. Saíram de suas casas e foram voluntariamente ao local realizar a tarefa de restauração, usando seus próprios celulares, mesmo desprovidos de luvas ou equipamentos adequados, arriscando a própria saúde, acrescentou o juiz.

Estagiárias do Ministério Público que saíam do expediente se juntaram aos voluntários. Em cerca de quatro horas de trabalho, dezenas de processos foram fotografados para permitir a posterior restauração.

 

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