Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

TJMG promove sua 4ª Cantata de Natal

Evento promove inclusão, congraçamento e experiência artística


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Para alguns, dezembro evoca sentimentos melancólicos. Para outros, é momento de celebração. O que é certo é que as festas de fim de ano mobilizam sensações, ambiências e memórias. Pensando nisso, e procurando reforçar o viés positivo da data, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizou a quarta edição de sua Cantata de Natal, no Dia da Justiça, 8 de dezembro. Veja mais fotos no Flickr.

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Evento inaugura iluminação natalina no Palácio Rodrigues Campos

Convidando o público a viver a magia do Natal, 164 integrantes dos projetos musicais da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do Judiciário apresentaram um repertório eclético de cerca de 90 minutos, com a participação dos bailarinos Helena Guimarães e Matheus Aredes de Oliveira. A direção do espetáculo ficou a cargo de Leonardo Pavanello. A direção musical coube à maestrina Luciene Villani. 

 

Das janelas e escadarias do vetusto Palácio da Justiça – iluminado especialmente para a ocasião, graças a uma parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (Cemig) –, pequeninos e jovens, igualmente altivos e compenetrados, mostraram que qualquer investimento sério que se faça na educação dá retorno de qualidade e em pouco tempo.

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Graça e leveza marcaram a performance dos bailarinos Matheus e Helena

“A Cantata de Natal do TJMG é um momento muito especial. Há um grande trabalho envolvido em sua realização, desde o desenvolvimento do tema do espetáculo, há toda a expectativa das crianças e adolescentes, porque são instantes mágicos mesmo: eles aparecem nas janelas, com as luzes, a música. É sempre único”, resume a regente Luciene.

 

Repertório

 

Entre as peças estavam clássicos natalinos como "Carol of the Bells" (“Canção dos Sinos”), do ucraniano Mykola Leontovych, "Jingle Bells" (“Bate o Sino”), do inglês James Lord Pierpont, "Rockin' Around the Christmas Tree" (“Dançando em Redor da Árvore de Natal”), do norte-americano Johnny Marks, as tradicionais brasileiras “Boas Festas”, do baiano Assis Valente, “Bom Natal”, de Edson Borges de Abrantes, e “Borboleta de Pequenina”, cuja letra, recolhida pelo folclorista e historiador Sylvio Romero, foi musicada com melodia de Marcello Tupynambá, e “Natal Todo Dia”, da banda carioca Roupa Nova.

 

Obras temáticas menos conhecidas, como o “Batuque Natalino do Menino Só”, de Ana Yara Campos, alternaram-se com peças queridas pela audiência, como a trilha sonora de "O Mágico de Oz" e "Cinderela", dos filmes do mago Harry Potter e do seriado "Game of Thrones". Ainda entraram no programa “O Trenzinho do Caipira”, de Heitor Villa-Lobos, que recebeu posteriormente letra do poeta Ferreira Gullar, e canções dos Beatles, entre outras.

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A turminha solta a voz sem medo: eles começam a preparar o show no início do ano 

“A Cantata de Natal é o fechamento do ano de luta dessas crianças, que participam dos projetos para se integrarem. A gente fica extremamente emocionado nesse momento. Acho que até o tempo hoje ficou sensibilizado e fez um intervalo na chuva para que as crianças se apresentassem”, observou o desembargador Vicente de Oliveira Silva, superintendente da Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinj) do Tribunal mineiro.

 

Aprendizado e envolvimento

 

Para os meninos e as meninas, o espetáculo no edifício neoclássico, no coração da capital mineira, é um evento aguardado com ansiedade e expectativa. As amigas Raíssa de Jesus da Silva, Leidiane Ferreira de Sousa e Maria Eduarda Maria, todas com 10 anos e moradoras do Bairro Santo Lúcia, declararam em uníssono que participar da cantata é um momento muito esperado e “é muito legal e interessante”. Maria acrescenta: “A música é Natal, é união. Sempre é muito divertido”, diz.

 

Representando no espetáculo a personagem Dorothy, de "O Mágico de Oz", Ester Ferreira dos Santos já é uma veterana nas Cantatas de Natal do TJMG: esta é a terceira edição em que ela canta no espetáculo. “Eu sempre fico nervosa antes; é muita expectativa, porque dá medo de errar alguma coisa na hora. Mas depois sempre é ótimo, eu fico emocionada. E participar do Coral ao longo do ano é muito gostoso; quando estou nas aulas, esqueço minhas preocupações”, declara, do alto dos seus 11 anos.

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Sem a chuva para espantar o público, a Cantata reuniu centenas de espectadores

Empunhando nas mãos um violino, Gislene Paula de Souza, de 19 anos, participou nesta sexta-feira de sua terceira Cantata de Natal. Começou no projeto da Orquestra Jovem como aluna, e hoje é monitora. “É muito bom acompanhar as crianças o ano inteiro, perceber que muitas chegam ali muito acanhadas e aos poucos vão se abrindo por meio da música. A vida no abrigo é difícil, elas já passaram por tantas coisas na vida... Essa experiência para elas é maravilhosa”, avalia.

 

O gran finale ficou com a chegada do Papai Noel, que completou o clima de encantamento que o espetáculo buscou criar. Para além do primor da apresentação, ficou a mensagem: todos nós temos o que oferecer uns para os outros, e cada vez que se recorda essa verdade evidente, e, paradoxalmente, tão pisoteada nos nossos dias, uma luz se acende no meio da escuridão.

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O projeto explora a força educativa, libertadora e agregadora da arte para dar nova direção à vida de crianças e adolescentes, muitos deles em situação de vulnerabilidade

Próximas apresentações

 

Quem não pôde comparecer à Cantata terá outras chances de ver os artistas. Na terça-feira, 12 de dezembro, os coralistas do TJMG se apresentam no Coreto da Praça da Liberdade, às 19h30. E no domingo, às 12h15, eles estarão na Paróquia Nossa Senhora Rainha (Rua Modesto de Araújo, 227 – Bairro Belvedere).

 

Presenças

 

Na plateia, familiares e amigos dos intérpretes e cerca de 800 pessoas dividiam espaço com a comunidade jurídica. Entre as autoridades presentes, figuraram o 1º vice-presidente, desembargador Geraldo Augusto, representando o presidente do TJMG, desembargador Herbert Carneiro, o 2º vice-presidente e idealizador da Cantata, desembargador Wagner Wilson, o 3º vice-presidente, desembargador Saulo Versiani Penna, o superintendente da Coinj, desembargador Vicente Oliveira Silva, os desembargadores Carlos Levenhagen e Aparecida Grossi, o ex-presidente do Tribunal desembargador José Fernandes Filho, os juízes Lílian Maciel Santos e Carlos Donizetti Ferreira da Silva, auxiliar da Presidência, e diversos servidores.

 

Coral Infantojuvenil e Orquestra Jovem

 

O projeto de formação artística e musical da Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinj) do TJMG se iniciou em 2011 e já colhe frutos: uma dezena de pioneiros ingressaram no ensino superior, tanto nos cursos de música e musicoterapia como em outras áreas.

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A proposta dá aos jovens músicos a oportunidade de olhar para longe, além dos limites e obstáculos, dilatar os próprios horizontes e aprender a ouvir o mundo no que ele tem de mais belo 

São parceiros do projeto o Instituto Ajudar e o Centro de Voluntariado de Apoio ao Menor (Cevam). A iniciativa recebe apoio, além disso, da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Ordem dos Advogados do Brasil/Seção Minas Gerais, do Conservatório de Música da Universidade Federal de Minas Gerais e de outras entidades.

 

Integram o coral estudantes da Escola Estadual Dona Augusta, da Escola Municipal Ulysses Guimarães e da Escola Integrada da Prefeitura de Belo Horizonte. Já a orquestra é formada por jovens da comunidade do Morro do Papagaio, das instituições de acolhimento da capital, da Associação Profissionalizante do Menor (Assprom) e da comunidade em geral.

 

Hoje, o projeto atende a 280 crianças e adolescentes (122 alunos do coral e 158 da orquestra). Além de aulas de instrumento (cordas, flauta transversa, saxofone e percussão), percepção, expressão corporal e canto, eles aprendem inglês e participam de outras atividades educativas.

 

Ambos os grupos estão com as inscrições abertas para novos componentes. Veja aqui.

 

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