Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Presidente Gilson Lemes busca devolução dos depósitos judiciais com o governo de Minas

Em 2015 governo mineiro utilizou valores dos depósitos judiciais por meio da Lei Estadual 21.720, declarada inconstitucional no ano passado.


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Presidente se reuniu com secretário de Estado da Fazenda para tratar da devolução dos depósitos judiciais repassados ao Poder Executivo em 2015

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes, recebeu, na manhã desta quarta-feira (24/2), o secretário de Estado da Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, e o advogado geral do Estado, Sérgio Pessoa, para tratar da devolução dos depósitos judiciais, repassados ao poder executivo em 2015, por meio de lei estadual, considerada inconstitucional no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em julho de 2015, o então governador Fernando Pimentel aprovou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais a Lei 21.720, que determinava o imediato repasse dos depósitos judiciais a uma conta do Poder Executivo para custeio da previdência social estadual, pagamento de precatórios e amortização da dívida com a União.

No ano passado, a Lei 21.720 foi considerada inconstitucional por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.353, proferida pelo Supremo Tribunal Federal.

“Neste encontro iniciamos as tratativas para que a devolução deste dinheiro seja feita o mais rápido possível”, explicou o presidente Gilson Lemes. O próximo passo, de acordo com o presidente, é estabelecer um acordo judicial com o poder executivo,  que será referendado pelo Supremo Tribunal Federal.

Passivo

O secretário de Estado da Fazenda, Gustavo Barbosa, deixou a reunião otimista com o início das negociações. “Nosso objetivo é buscar equacionar este passivo gigante que o Estado possui com o Tribunal de Justiça, referente aos depósitos judiciais que foram repassados ao Poder Executivo. Tivemos total abertura do presidente Gilson Lemes para iniciarmos as negociações”, detalhou o secretário.

Ele lembra que o atual governo herdou vários passivos da gestão passada, entre eles o repasse de verbas aos municípios, que voltou a ocorrer por meio de acordo selado em abril de 2019, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc) do TJMG. “E agora temos que sentar com o próprio Tribunal de Justiça, que é nosso credor, para mais este acordo”, explica o secretário.

O advogado-geral do estado, Sérgio Pessoa, reforçou a postura de vanguarda do Tribunal de Justiça com o Poder Executivo, no sentido de se buscarem soluções pelo diálogo. “Quero destacar a postura de estadista do presidente Gilson Lemes, sempre aberto ao diálogo e à conciliação”, encerrou Sérgio Pessoa.

Participaram da reunião o presidente Gilson Lemes, o superintendente Administrativo Adjunto do TJMG, desembargador José Arthur Filho; o secretário de Estado da Fazenda, Gustavo Barbosa; o advogado-geral do estado, Sérgio Pessoa; o diretor financeiro do TJMG, Eduardo Codo, e o secretário executivo de planejamento e qualidade na gestão institucional, João Victor Rezende.

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