Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Nanuque realiza palestra para homens

Ação integrou o programa Justiça pela Paz em Casa


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Na manhã de hoje, 22 de março, em Nanuque, 120 funcionários da Destilaria de Álcool de Serra dos Aimorés, todos homens, trocaram seus afazeres rotineiros na empresa para ouvir uma mulher falar sobre violência doméstica contra mulheres.

A palestra, que integra o programa Justiça pela Paz em Casa da comarca, foi proferida pela juíza Aline Gomes dos Santos Silva, da 2ª Vara Cível.

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A juíza Aline Silva falou sobre as principais causas da violência contra a mulher para um público de 120 homens

O evento foi realizado em parceria com a 54ª Subseção da OAB Mulher e contou com o apoio de servidoras da Secretaria de Saúde e vereadoras do Município de Nanuque.

A magistrada tratou sobre as principais causas da violência, que, segundo ela, tem sua origem na cultura patriarcal e machista da sociedade. A juíza explicou as diversas formas de violência, pois, além de física, ela pode ser emocional, psicológica e sexual.

Durante a palestra, a magistrada explicou a origem da Lei Maria da Penha, sua finalidade e aplicação.

Na oportunidade, os homens foram alertados sobre como funciona o ciclo da violência e como eles podem contribuir para cessá-lo e levar mais harmonia aos seus lares, “a verdadeira paz que se busca para a casa”, disse a magistrada.

A juíza Aline Silva ainda tratou do crime de importunação sexual, que está inserido no Código Penal. A pena prevista para esse tipo de crime é de 1 a 5 anos de reclusão. 

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Durante a palestra, a magistrada explicou a origem da Lei Maria da Penha, sua finalidade e aplicação

Ao fim da palestra, foi exibido o vídeo “No mundo das crianças não se bate em mulher”, produzido pela Prefeitura Municipal de Macapá/AP, com o intuito de sensibilizar o público sobre a importância de falar sobre o tema e romper o ciclo de violência.

Roda de conversa

Em continuidade às atividades do programa, será realizada, no próximo dia 27 de março, a 4ª Roda de Conversa, no Bairro Sete de Setembro, local de grande vulnerabilidade social. Nessa ocasião, a magistrada e outras profissionais, como psicólogas e advogadas do município, vão ouvir e orientar mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Cada roda de conversa é realizada em um bairro diferente do município e conta também com a participação de assistentes sociais, agentes penitenciárias e policiais militares.