Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Justiça na Escola atua na prevenção do autoextermínio e da automutilação

Em simpósio, juiz mostrou como o programa atua na valorização da vida


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O juiz Serlon Silva Santos falou sobre a experiência positiva do programa Justiça na Escola, idealizado por ele e implantado em Patrocínio e região (Foto: Divulgação/TJMG)

 

O juiz da Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Patrocínio, Serlon Silva Santos, foi um dos palestrantes do III Simpósio Nacional de Prevenção ao Suicídio e à Automutilação. O evento virtual foi promovido pela Frente Parlamentar de Prevenção ao Suicídio e à Automutilação da Câmara dos Deputados nessa quinta-feira (9/9).

O seminário teve como objetivo trazer reflexões sobre as alternativas que podem ser adotadas pelo poder público e pela sociedade para a redução do suicídio e da automutilação no Brasil. O evento teve a participação de especialistas.

O juiz Serlon Silva Santos, que havia participado do II Simpósio, retomou a abordagem sobre a experiência exitosa do programa Justiça na Escola, implantado em Patrocínio e região. O projeto idealizado pelo magistrado atua junto aos alunos na valorização da vida, com abordagens específicas acerca da prevenção e do combate à automutilação e ao autoextermínio.

O magistrado mineiro disse que o programa ganha mais relevo devido ao recrudescimento da ansiedade em momentos de pandemia. Segundo ele, o Brasil assume o destaque negativo quanto ao número de pessoas ansiosas. 

“Tal quadro contribui para aumentar o número de pessoas, principalmente jovens, que trilham o caminho da automutilação ou o autoextermínio”, afirma o juiz Serlon Silva Santos.

Ele acrescentou que o Justiça na Escola tem procurado enfrentar esse problema, que é diagnosticado em casos crescentes de evasão das aulas, indisciplina, uso de drogas, entre outros. 

O programa atua na busca do equilíbrio entre os direitos e deveres dos jovens. “O desafio é auxiliar no enfrentamento dos desafios da educação brasileira. E, para isso, são realizadas palestras motivacionais e treinamentos”, explicou o magistrado.

O juiz sustenta que o poder público deve ajudar os pais na identificação das causas dos desvios comportamentais que podem levar à automutilação ou ao autoextermínio. 

“Pode ser um acidente, uma perda de um ente querido, um abuso sexual, brigas familiares, problemas na escola. É fundamental diagnosticar as causas da ansiedade ou do sofrimento do jovem e ajudá-los na superação”, disse. 

O magistrado lembra que os pais devem estar atentos a sinais como alterações frequentes de humor, tristeza e isolamento. “Tais sintomas são potencializados nos dias atuais pelas redes sociais, que não filtram mensagens e comentários negativos.”

Cautela

O juiz Serlon Silva Santos enfatiza que os pais devem ficar muito atentos e redobrar a cautela quando perceberem mudança no comportamento dos jovens. Conversar e ouvi-los.

O Justiça na Escola tem uma equipe multidisciplinar, composta por psicóloga, pedagoga e assistente social, e procura auxiliar os pais com palestras que abordam essa necessidade de aproximação, com orientações e atendimentos em unidades de ensino. 

O magistrado destaca a importância da intervenção o mais cedo possível, como forma de prevenção.  

Leia mais: Programa Justiça na Escola realiza live Vencendo o medo e a ansiedade

Setembro amarelo

A titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, participou do III Simpósio Nacional de Prevenção ao Suicídio e à Automutilação. 

O simpósio também contou com a presença da secretária nacional da Família, Ângela Gandra. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Uma em cada 100 mortes é em decorrência do suicídio, sendo a quarta causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos.

Em 2003, o dia 10 de setembro foi instituído Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP). No Brasil, em apoio à iniciativa, o período do Setembro Amarelo tem sido marcado pela ampliação dos debates sobre a prevenção do suicídio no país. A campanha foi criada em 2015 pela Associação Brasileira de Psiquiatria.

Veja o simpósio na íntegra.

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