Para a oitava edição da campanha Justiça pela Paz em Casa, a ser realizada de 21 a 25 de agosto, a Comarca de Januária está organizando um dia totalmente dedicado ao atendimento às mulheres, denominado “Ação Global: mulheres em foco, direito e cidadania”. A iniciativa da juíza Bárbara Lívio soma-se à atividade regular da campanha, que é concentrar no período o julgamento de processos que envolvem violência contra a mulher.
A Ação Global será realizada em 23 de agosto, no Centro de Convivência de Itacarambi, município que apresenta o maior índice de violência contra a mulher entre os que integram a comarca. A parceria do Judiciário local com a Prefeitura de Itacarambi, a Polícia Civil, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e profissionais liberais vai oferecer às mulheres da comunidade serviços que vão desde a emissão de documentos até os cuidados com a beleza.
As delegadas da Polícia Civil irão receber denúncias de violência de gênero, que serão prontamente encaminhadas à juíza para a realização de audiências de instrução e julgamento.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) emitirá títulos de eleitor, e a Polícia Civil receberá a documentação para a emissão de carteiras de identidade.
A juíza da comarca, a delegada regional, a delegada da mulher e a delegada de trânsito da Polícia Civil da região de Itacarambi farão pequenas palestras em horários diferenciados para discutir a violência de gênero.
Além dessas atividades, haverá vacinação contra gripe e tétano e atendimento por psicólogos, psiquiatras e enfermeiras. A Prefeitura de Itacarambi também irá fornecer lanche para cerca de 400 mulheres, público estimado para a ação.
No quesito beleza, manicures, cabeleireiros, maquiadores e designers de sobrancelha oferecerão gratuitamente seus serviços, e a CDL irá disponibilizar uma lista de oferta de empregos no comércio local. Ao final do evento, uma banda de MPB fará um show.
A juíza Bárbara Lívio lembrou que a Comarca de Januária iniciou na semana passada o curso “Diálogos: promovendo a paz em casa”, voltado para homens que já se envolveram em casos de agressão no ambiente doméstico. Ela afirmou que só é possível falar em desenvolvimento quando homens e mulheres tiverem as mesmas oportunidades. “Estou motivada, dentro da minha função, a promover a autonomia das mulheres, pois só assim poderemos falar de verdadeira liberdade”, disse a juíza.
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