Cláudia trabalha há 17 anos com artesanato; Joyce, há dois; e Fernanda, há apenas quatro meses. Motivos diferentes, em épocas distintas de suas vidas, fizeram com que essas três mulheres optassem pelo mesmo ofício. Nesta segunda-feira (7/10), elas expuseram seu trabalho no saguão do anexo 1 do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Esse foi o primeiro dia da edição de outubro da Feira Cidadania Solidária, que foi ampliada e abrange mais dois endereços: o anexo 1 do Palácio da Justiça, no Centro, e o Juizado Especial Cível de Belo Horizonte, no Bairro Santa Efigênia. Com isso, a feira passou a ser realizada em cinco unidades do TJMG.
Presente desde a primeira edição, em junho deste ano, Cláudia Regina de Souza fabrica brincos, anéis, colares e pulseiras, com pedras e metais. A atividade constitui sua única fonte de renda. Nesses quatro meses, diz a artesã, seu trabalho passou a ser mais conhecido. “Mesmo que as pessoas não comprem no dia da feira, elas conhecem as peças e, depois, quando precisam dar um presente, nos procuram por telefone, passam WhatsApp...”, comemora.
Joyce Faria Nogueira também considera de grande importância a participação em feiras para a divulgação de seu trabalho com cristais e madeira de aproveitamento. Ela é formada em História e disse que começou a vender artesanato como uma complementação orçamentária para pagar o curso de mestrado na cidade de Viçosa. Porém, há dois anos, quando foi demitida, o trabalho manual passou a ser a principal atividade financeira para a artesã, que confecciona artigos de decoração e bijuterias, com uma pegada bem ecológica.
Nessa linha de reciclagem também se encontram os objetos utilitários feitos por Fernanda Guimarães. Ela confecciona cestos organizadores e bolsas de crochê usando como matéria-prima retalhos de malha descartados pela indústria têxtil. Casada e mãe de dois meninos, Fernanda conta que não se sentia feliz com seu emprego formal e, há alguns meses, com o precioso apoio do marido, tomou coragem e pediu demissão de seu trabalho para buscar a realização profissional. E, segundo ela, encontrou.
Aberta ao público
A feira mensal e aberta ao público é uma parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Ela dá visibilidade a criadores de produtos artesanais e gastronômicos que encontram dificuldade para comercializar suas mercadorias e se inserir no mercado formal de trabalho.
O evento reúne em torno de 40 participantes do Programa Espaço da Cidadania (PEC) e do Centro Público de Economia Solidária (Ceps). O PEC é desenvolvido pela Subsecretaria de Direito e Cidadania, vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania. Já o Ceps é coordenado pela Subsecretaria de Trabalho e Emprego da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
Os empreendedores, em geral, vivenciam situações de risco ou violência. São mulheres de baixa renda, idosos e portadores de deficiência, minorias étnico-raciais ou do grupo LBGT, atendidos por programas sociais da PBH com foco na formação, na socialização e na geração de renda.
Serviço
Próximas exposições
8 de outubro, das 9h às 16h
Espaço de Convivência do Edifício Sede — Avenida Afonso Pena, 4.001, 2º andar
9 de outubro, das 10h às 18h30
Pátio do Fórum Lafayette — Avenida Augusto de Lima, 1.549
10 de outubro, das 10h às 18h30
Pilotis da Unidade Raja — Avenida Raja Gabaglia, 1.753
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