A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), em parceria com a 3ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), inaugurou, em 21 de janeiro, a primeira turma de uma série de cursos de capacitação para conciliação e mediação judicial. O de hoje inicia a formação de mediadores.
A atividade é voltada para servidores e voluntários que atuam em Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs). No total, estão agendados 25 cursos para capacitar mediadores e conciliadores judiciais ao longo do ano.
A cada edição, serão dois módulos, na modalidade presencial: um teórico, na capital, e outro prático, nas unidades dos Cejuscs.
O curso está sendo ministrado em codocência por quatro instrutores: Eduardo Gonçalves Bastos (servidor da Comarca de Viçosa); Dulce Nascimento e Helena Delamonica (ambas advogadas residentes em Belo Horizonte) e Regina de Cássia Samora Cintra (servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás, e residente na cidade de Goiânia).
Primeira turma
A primeira fase da formação iniciada nesta segunda é teórica e se estende até o fim da semana. A etapa prática deve ser cumprida até o dia 31 de julho e será realizada nas unidades dos Cejuscs, a partir da próxima segunda-feira, dia 28.
Na primeira turma, foram 24 alunos. O conteúdo programático aborda temas que tratam de métodos autocompositivos, fundamentos da negociação, processo da conciliação e da mediação, entre outros.
Aperfeiçoamento das equipes
De acordo com a desembargadora Áurea Brasil, 2ª vice-presidente do TJMG e superintendente da Escola Judicial, é significativo que o recomeço dos trabalhos envolva os métodos autocompositivos e o oferecimento de ferramentas para o diálogo e a negociação. “Estamos dando especial atenção a essas práticas, tendo em vista a precípua função do Judiciário de promoção da paz social”, conta.
A magistrada também enfatiza que os treinamentos são um esforço para preparar de maneira sólida as equipes do TJMG, em todo o estado, dando apoio ao desenvolvimento profissional e humano de juízes e servidores. “Quanto mais qualificado o mediador ou conciliador, maior a possibilidade de êxito na construção de uma solução dialogada do conflito”, explica.
Segundo a 3ª vice-presidente e coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Mariangela Meyer Pires Faleiro, a oferta dos cursos no decorrer de 2019 tem como objetivo principal fornecer o embasamento teórico numa primeira etapa e o prático em uma segunda fase, para profissionais que já estão atuando ou que pretendam atuar como facilitadores, seja na condição de mediadores ou conciliadores.
"Nos cursos, serão repassadas técnicas de como lidar com os envolvidos em um conflito e mostrar a eles como gerir as diferenças surgidas, de forma que possam perceber melhor o ponto de divergência, permitindo que interpretem com lucidez a situação e consigam encontrar juntos uma solução pacífica e satisfatória para aquela contenda", avalia.
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