“A expectativa agora é aplicar tudo o que a gente viu e viveu aqui.” Foi o que afirmou Mara Lidiane Almeida, ao final do Curso de Capacitação em Conciliação, realizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), em parceria com a 3ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O curso tem cem horas de duração, divididas entre teoria e prática. A etapa teórica realizada na Ejef, em Belo Horizonte, teve início na útlima segunda-feira (10/2) e terminou nesta sexta (14/2).  As aulas foram ministradas pelas instrutoras Ana Flávia Moutinho Ribeiro e Julieta Ribeiro Martins.

A parte prática deve ser cumprida até 31 de julho e será realizada nas unidades dos Cejuscs da comarca do participante, a partir da próxima segunda-feira (17/2).

O juiz auxiliar da 3ª Vice-Presidência, Ricardo Véras, destaca o papel do TJMG na promoção da conciliação. O magistrado afirma que mais capacitações serão realizadas durante o ano, inclusive no interior, a fim de atender ao maior número de interessados.

Por que conciliar?

Em 2019 foram realizadas dez edições do Curso de Capacitação em Conciliação pela Ejef. Noções de teoria do conflito, negociação, teoria dos jogos e comunicação, além de todas as etapas da conciliação são alguns dos conteúdos teóricos abordados no treinamento.

Para a professora Julieta Ribeiro, o objetivo principal do curso é que os alunos estejam aptos a realizar conciliações que vão atender às necessidades daqueles que procuram o Judiciário. Ela destaca que a conciliação é positiva para os dois lados, pois, além de ser um caminho melhor e mais rápido para a solução de conflitos, reduz a demanda processual.

A instrutora Ana Flávia Moutinho completa que o treinamento possibilita modificar a percepção das pessoas em relação ao conflito. “O curso de conciliação proporciona essa visão do conflito como algo positivo, que pode ser trabalhado pelas partes por meio de um cuidado maior ao se comunicar.”

Aprendizado para a vida

Participaram da formação um servidor e 11 voluntários pré-selecionados pelos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) e pela 3ª Vice-Presidência do TJMG. Além da capital mineira, o curso recebeu participantes de Betim e Matozinhos.

Alex Aguiar de Figueiredo é servidor do TJMG e participou da formação. Segundo ele, apesar de já ter realizado cursos da Ejef à distância, o evento superou suas expectativas. “Confesso que presencialmente o efeito é surpreendente. Estou encantado com o curso e com as possibilidades novas que ele abre.”

O servidor destaca que o conflito está presente em diversas esferas do cotidiano e, por isso, o aprendizado adquirido em sala de aula poderá ser aplicado tanto no trabalho quando na vida pessoal.

Para Mara Lidiane, estagiária do Juizado Especial Criminal, que já esteve em uma conciliação como parte, profissionais devidamente capacitados mostram para a população que o Judiciário está empenhado na sua função de solucionar conflitos de forma rápida e eficiente.

“Somente um mediador e conciliador capacitado consegue alcançar as melhores metas e os melhores objetivos. Entre eles, especialmente, a solução pacífica dos conflitos”, afirmou o juiz Ricardo Véras.

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