Na sexta-feira (6/12), o Salão do Júri do Fórum Doutor Joaquim Felício, na Comarca de Diamantina, deixou de lado, temporariamente, as tensões e os dramas humanos que perpassam os julgamentos para virar um espaço de aprendizado. Lá aconteceu a Oficina Jurídica e Gerencial, com a temática de gestão de pessoas e de acervos processuais.
A programação, oferecida pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), destinou-se a 30 pessoas, entre magistrados, assessores, servidores e estagiários do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Os participantes atuam nas comarcas integrantes do Núcleo Regional da Ejef em Diamantina: Conceição do Mato Dentro, Corinto, Curvelo, Itamarandiba, Minas Novas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Serro e Turmalina.
A formação foi ministrada pelos juízes Carlos Márcio de Souza Macedo, titular da 4ª Vara Cível de Betim, e Robert Lopes de Almeida, titular da 5ª Vara Cível da mesma comarca. A metodologia se baseou em exposição dialogada, análise de questões polêmicas e estudos de caso.
Educação corporativa
Para o juiz Carlos Márcio Macedo, é muito acertada e bem-vinda a proposta da Escola Judicial de levar conhecimentos gerenciais e boas práticas para o interior. Ele abordou no curso assuntos como trabalho em equipe, gestão horizontal, importância das interfaces, liderança e gestão de pessoas.
“É muito bom poder levar a experiência daquilo que deu certo, mas também do que deu errado, fazer a gestão do conhecimento, mostrar que o Tribunal vem fazendo educação corporativa. As grandes organizações são compostas de pessoas, não de coisas. Nós somos a organização do TJMG”, diz.
O instrutor pondera que não se trata de trazer mais encargos ou imposições aos juízes e suas equipes, mas incentivar a busca de excelência no atendimento, de uma atuação cada vez mais qualificada. “O mote é saber que podemos trabalhar menos e produzir mais, tornando o nosso labor mais aprazível, leve e eficiente”, diz.
De acordo com o professor, a Ejef está rodando o estado inteiro para apresentar a gestão de pessoas e de processos. “Dentro do que temos, é possível qualificar a prestação jurisdicional. É necessário entender que nossos servidores são altamente habilitados, precisamos deixar que eles pensem para produzir, exercer a jurisdição e, todos juntos, atender ao cidadão mineiro”, avalia.
Mudança de postura e reflexão
O diretor do foro de Diamantina, juiz Fábio Henrique Vieira, da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais, mostrou-se entusiasmado com a oportunidade e disse que a reação positiva envolveu a todos. “Foram atividades extremamente valiosas e produtivas, com um ensinamento excelente e substancial.”
Segundo o magistrado, os facilitadores fizeram indagações e sugestões relevantes e, como os três juízes locais estiveram presentes, bem como gerentes de secretaria, servidores da distribuição e oficiais de justiça, será possível implementar mudanças em diversas rotinas.
“Percebi que muitos ficaram pensativos, quer dizer, demonstraram que foram levados a refletir sobre as medidas e os procedimentos a serem aproveitados, para otimizar e aprimorar seu trabalho”, avaliou.
O magistrado acrescentou que, para além do conteúdo teórico, a capacitação permite o intercâmbio de profissionais com formações, contextos e áreas de atuação diversas. “As técnicas e discussões são enriquecedoras para todos e terão impacto direto no atendimento do cidadão e na melhoria do ambiente de trabalho nos fóruns”, afirmou.
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