O Cineclube TJ, sob nova gestão, estreou na quinta-feira, 19 de julho, com o clássico O Homem Elefante (The Elephant Man, EUA/Inglaterra, 1980) no auditório da Corregedoria-Geral de Justiça. Foi a primeira exibição de um longa-metragem agora sob a orientação do desembargador Matheus Chaves Jardim e do juiz Renato César Jardim que são os novos coordenadores do Cineclube TJ.
Um público atento esteve presente na projeção do filme O Homem Elefante.
O desembargador Matheus Chaves Jardim, nascido em Belo Horizonte, comenta que sempre foi apaixonado pela sétima arte. Ele lembra que foi frequentador de cinemas de bairro onde eram exibidos filmes de terror realizados por pequenas produtoras inglesas. Ele cita os cinemas Lafayette, Alvorada e São Geraldo.
Entre seus filmes prediletos, ele conta com dificuldade de escolher “um dentre tantos de uma vida toda”, a Primeira Noite de um Homem, de 1968, já exibido no Cineclube TJ.
Para a sequência da programação do Cineclube TJ, o desembargador Matheus Chaves Jardim planeja seguir a mesma linha adotada pelo coordenador anterior, o juiz Magid Nauef Láuar, selecionando filmes de qualidade e evitando blockbusters (o termo, que em português significa “arrasa-quarteirão”, se refere a megaproduções de apelo massivo).
Além disso, ele pretende convidar outras pessoas apaixonadas por cinema a sugerir os filmes de sua preferência para exibição na Casa.
O juiz Renato César Jardim também concorda com a adoção dessa linha de exibir filmes clássicos em detrimento daqueles chamados comerciais. Para justificar essa escolha, o magistrado diz que os filmes clássicos, após assisti-los, são guardados na mente da pessoa. “São filmes diferenciados”.
Outro ponto abordado pelo juiz foi o fato de o Tribunal de Justiça se aproximar da sociedade não só buscando julgar com celeridade os processos, mas oferecer um espaço a mais para o cidadão ter acesso à cultura.
Cineclube
O Cineclube TJ tem trazido cultura, informação e entretenimento aos servidores, magistrados e ao público externo desde 2003. Criado pelo desembargador Sérgio Braga, o programa exibiu cerca de 100 obras da sétima arte, com todas as sessões acompanhadas de comentários e debates. Com o falecimento do magistrado em 2010, o Cineclube foi desativado.
Em 2014, a atração foi reativada, ganhando o nome de Cineclube Desembargador Sérgio Braga. O juiz Magid Láuar, cinéfilo e colecionador de filmes, esteve à frente do projeto por cerca de cinco anos, trazendo continuidade e prestígio à iniciativa.
Ao longo desse período, têm sido exibidas, todas as últimas quintas-feiras do mês, obras importantes da história cinematográfica, precedidas de apresentações e seguidas, ao final, de discussões sobre os temas abordados pelos filmes. Em ocasiões especiais, houve ainda edições temáticas. A entrada é franca.
Em maio de 2017, estreou a primeira exibição audiovisual destinada aos deficientes visuais, projeto idealizado pelo servidor Alexandre Garcia e executado em parceria com a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais.
Agora está sob a coordenação do desembargador Matheus Chaves Jardim e o juiz Renato César Jardim.
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