Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Casamento comunitário encerra Semana de Conciliação em Valadares

Durante Semana de Conciliação, foram realizadas mais de 10 mil audiências


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Nilceia Dias dos Santos, cabeleireira, usava um vestido branco e um enfeite no cabelo; Adenor Ferreira Rossi, ferroviário aposentado, trajava uma roupa social. Ladeado de alguns parentes e amigos, ele disseram “sim” um para o outro, no último dia 10 de novembro, em Governador Valadares, durante uma audiência por meio da qual a união estável entre eles foi convertida em casamento civil. Os dois nasceram no mesmo bairro, mas não conviveram na infância. Na adolescência, começaram a namorar, até que decidiram morar juntos. Por atropelos da vida, o desejo deles de oficializar a relação foi sendo adiado. E num piscar de olhos, passaram-se 30 anos...

No dia do casamento civil, no último sábado, eles não eram os únicos que realizavam o sonho de registrar a vida em comum que levam. O casal foi um dos 92 que participaram do casamento coletivo realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Governador Valadares, na igreja do Evangelho Quadrangular, parceira da iniciativa. O evento encerrou, em clima de festa, a XXIII Semana Nacional da Conciliação na comarca, ao longo da qual foram realizadas mais de 10 mil audiências, com um índice superior a 90% de acordos.

A conversão de união estável em casamento civil é um trâmite judicial simples, mas de grande impacto na vida dos casais, de acordo com o juiz da 2ª Vara Cível de Governador Valadares e coordenador do Cejusc local, Roberto Apolinário de Castro, que presidiu as audiências, A medida gera economia para as famílias com os custos de cartório, mas o maior impacto dela, afirma, não é de ordem econômica. “O mais importante para eles é resolver a situação com a igreja. Os casamentos religiosos só acontecem após a união civil”, observa o magistrado.

Por isso, a cabeleireira Nilceia afirma que o sentimento dela era de alegria e realização por, depois de tanta espera, finalmente, nas palavras dela, “poder regularizar a situação, perante os homens e perante Deus”. Mãe de duas filhas e avó de duas netas, ela revela que, agora, dará o passo seguinte: “No final deste ano, queremos realizar a cerimônia na igreja para fazer o casamento religioso”, revela.

Equipe do Cejusc

A XIII Semana de Conciliação na comarca aconteceu de 5 a 10 de novembro, com números comemorados pela equipe do Cejusc local.  “Nossa união nos permitiu alcançar um resultado muito acima do que havia sido proposto: mais de 10 mil audiências com mais de 90% de acordos. Atender o cidadão em um momento de conflito é o nosso objetivo, e ele tem sido cumprido”, celebrou a supervisora-geral do Cejusc local, Giselle Machado Freitas Neves.

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